17 DE SETEMBRO DE 2024
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MILTON ALVES

12/09/2024 06:00

A dívida, o financiamento e a promessa

Uma questão que tem sido citada nos debates desta campanha eleitoral de Tubarão, inclusive com um dos candidatos a usando como razão para abandonar uma cadeira de deputado em favor de um suplente de Joinville, trata-se da dívida deixada por administrações passadas, que segundo o próprio seria “grande”, “enorme”, e estaria inclusive colocando a cidade em “situação de caos”. Verdade seja dita que não é a dívida o único argumento que ele usa para justificar sua candidatura, mas sem dúvida é o principal.  

O salvador da pátria

Aqui cabe dizer - antes de qualquer outra análise - que não obstante o tal candidato exalar uma certa soberba ao se posicionar como – pelo menos me parece - o único que seria capaz de resolver as pendengas contábeis do município, também abdica da razoabilidade, coerência e sensatez, ao usar uma dívida de valores ainda não contabilizados (dizem, inclusive, ser menor do que ele fala), como justificativa para abrandar uma famigerada quebra de palavra. Esta sim, sem preço, ação deliberada cujo prejuízo na vida pública pode ser incalculável.

Ele prometeu, está gravado

Sim, é preciso sempre lembrar que, em 2022, buscando uma vaga de deputado estadual, este candidato prometia a todos que, caso fosse eleito, em nenhuma hipótese abandonaria o cargo antes do término do mandato. E prometia porque já havia naquela ocasião uma desconfiança sobre sua pouca consideração para com o desejo do eleitor. É que exatamente dois anos antes foi eleito vereador, mas não cumpriu o mandato integralmente, porque acabou embriagado pela possibilidade de virar deputado, aproveitando a tal “onda Bolsonaro”, que tomou conta da eleição em SC. 

Voltando à dívida

Falam em 600 milhões, mas fontes da prefeitura dizem que estaria na casa dos 450. Mas que dívida é esta? Pois bem, é uma dívida de débitos previdenciários passados que foram renegociados ao longo dos anos; precatórios trabalhistas, desapropriações e execução de obras antigas não pagas; devolução de valores do ISS no caso judicializado e parcelas de financiamentos, como o Finisa.  

Atacam o Finisa

É uma dívida totalmente pagável, que vem sendo quitada mensalmente, dentro da capacidade de endividamento do município, e, se virou um “caos” para alguns, talvez seja porque em ano eleitoral querem tirar proveito político disto. Tanto que culpam o Finisa (100 milhões), contraído pelo ex-prefeito Joares, e escondem o passivo deixado por gestões anteriores, que é muito maior. E justo o Finisa, que possibilitou a construção de duas pontes, o novo Mercado do Produtor, o novo Mauá, Parque Industrial, o entorno da Arena Multiuso e a pavimentação de uma imensidão de ruas e avenidas, algumas, inclusive, com obras nos dias atuais pelas mãos do prefeito Jairo. Quer dizer: investimento, não gasto com bobagem. Melhor trocarem o discurso.  

Diário do Sul
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