Não existe nenhuma dúvida de que o tubaronense Pepê Collaço se transformou numa das grandes revelações, senão a maior, desta atual legislatura na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Esforçado, parlamentar dedicado tanto no plenário quantos nas comissões, profundo conhecedor das leis como advogado que é, e surpreendentemente articulado na ocupação de espaços sem atropelos aos demais pares ou defesa de vaidades pessoais, o filho do “Galo Velho” - como os amigos gostam de identificar seu pai, o grande Gijo Collaço – tem sido transformado pelas demais lideranças num “bola da vez”, quando das frequentes discussões e debates sobre a divisão de poderes na Assembleia.
A ocupação dos espaços
Nas últimas semanas, por exemplo, quando se discute muito a formação da nova mesa diretora para o biênio 2025/2026, cuja presidência deve ficar mesmo com Júlio Garcia do PSD, com o apoio de praticamente todos os partidos, devendo, aliás, ser eleito por aclamação, Pepê e os demais de sua bancada conduzem de forma eficaz as conversações no sentido de cooperar, mas sem perder espaços.
A briga pela mesa
É que quanto aos demais cargos importantes da Casa, tanto da mesa quanto da Escola do Legislativo e as diversas comissões, existe uma disputa relativamente acirrada. Acirrada, mas, a bem da verdade, sem que rompa a linha de respeito existente entre partidos e deputados pretendentes, eles têm conversado muito no sentido de evitar a disputa pelo voto. E nestas horas é que surge Pepê Collaço e sua bancada, que é pequena, mas tem tido enorme participação nos processos de unificação entre os deputados. Os progressistas aceitam ficar sem cargo na mesma, mas receberiam em troca o direito de presidir a importantíssima Comissão de Constituição e Justiça. E sabem com quem? Sim, ele. O deputado tubaronense Pepê Collaço.
Preocupação aos futuros prefeitos
Dados mais recentes divulgados pelo Banco Central revelam que, apesar de o setor público consolidado – composto pela União, estados, municípios e empresas estatais – ter registrado, em outubro, um superávit primário de R$ 36,8 bilhões, os governos municipais, separadamente, apresentaram resultado negativo de R$ 3,6 bilhões. No mesmo mês do ano passado, houve déficit de R$ 1,4 bilhão para esses entes.
Terão que enxugar a máquina
Diante desse quadro, o ano de 2025 será desafiador para as gestões locais, sobretudo para os novos prefeitos que assumem a partir de janeiro. Segundo especialistas, entre as medidas necessárias para reverter esse cenário, está o enxugamento da máquina pública. Não é novidade que normalmente o primeiro ano de mandato dos gestores eleitos costuma ser desafiador, mas este de 2025 pode ser bem mais.