30 DE ABRIL DE 2024
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JOSÉ WARMUTH

12/04/2024 06:00

No céu azul

Depois de uma escala em Miami, na costa Atlântica, atravessamos os Estados Unidos em diagonal, em direção a Seattle, no extremo-norte da costa do Pacífico, naquela nação.

Sobrevoamos sucessivamente, em voo de seis horas, os estados da Flórida, Tennesse, Indiana, Illinois, Yowa, South Dakota, Montana, Idaho e Washington.

Sem muito o que fazer, ficamos observando o comportamento dos passageiros e, da minha janela, olhando o que havia lá embaixo.

Mais para o leste, centenas de plantações com formatos geométricos perfeitos: circulares, quadrangulares, triangulares, compondo verdadeiros quadros de arte cubista para serem vistos por nós, das alturas.

Observamos alta densidade de povoamentos e grandes cidades também chamavam a atenção.

Rios com largos leitos, mas com pouca água, são numerosos. Mas há também os caudalosos e outros sem água (só a têm quando do degelo, que ocorre nas montanhas).

Depois vêm as Montanhas Rochosas, que ocupam uma considerável área naquele país. Correntes aéreas nessa região sacudiram bastante o nosso avião.
Quanto às pessoas, algumas curiosidades foram observadas:

Ninguém presta atenção às normas de segurança demonstradas em televisores ou por aeromoça. Quando ela é bonita, alguns homens “arriscam um olho”, não na demonstração, mas sim na dinâmica com que é feita.

Um casal levava consigo um bebê. Trocar fraldas e preparar mamadeiras foram tarefas dele. Tudo muito bem feito, pois o neném quase não chorou.

Ao nosso lado, uma típica loura americana, isto é: olhos azuis, busto farto, estatura de modelo e pouca “nádega” secava e ostensivamente tentava flertar com um belo espécime de moreno, também americano. Há alguns anos tal cena teria sido impossível e, para eles, uma vergonha.

Do outro lado do corredor, uma guapa morena, exibindo uma pesada maquiagem, portava cílios postiços com os quais nitidamente não estava habituada, pois piscava cerca de setenta vezes por minuto (tive a pachorra de contar).

Um vôzinho, por duas vezes, pediu água para tomar remédios.

Hora do almoço. E lá vieram as aeromoças, ou melhor: comissárias de bordo com o carrinho e... a maquininha do Visa (naquelas alturas!). Pasme: o almoço era pago. Oito dólares.

Um senhor, flagrantemente um homem de negócios, volta e meia se postava de pé e, em uma espécie de prancheta, fazia apontamentos, certamente relacionados ao seu trabalho.

O voo foi uma boa oportunidade para admirarmos a geografia daquele país e para observarmos o comportamento do ser humano em várias de suas modalidades.
 

Diário do Sul
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