Toda final de Libertadores é assim: as equipes sempre evitam se expor demais. E não foi diferente desta vez. Flamengo e Palmeiras iniciaram o jogo de maneira um tanto truncada, com leve superioridade do Flamengo, que buscava estocadas pelas laterais porque o Palmeiras fechava bem pelo meio. E foi assim até a metade do primeiro tempo. Um jogo sem brechas, sem exposição e com pouquíssimas chances.
Pra vermelho
Destaque no primeiro tempo para uma chegada do Pulgar em Bruno Fuchs, quando o jogo já estava parado. Pulgar deixou as marcas da chuteira na canela do palmeirense. Juizão assinalou amarelo. E isso expõe a arbitragem brasileira de certa forma, porque qualquer árbitro do Brasil teria expulsado o flamenguista até sem ajuda do VAR. Depois disso, o Palmeiras melhorou e terminou o primeiro tempo sensivelmente superior e com os dois volantes flamenguistas amarelados.
Gol e falha da zaga
O jogo permaneceu truncado até a cabeceada fulminante de Danilo, que subiu sozinho, na marca do pênalti, no meio de uma zaga alta do Palmeiras. Claríssimo erro de marcação do Verdão, em que ninguém encostou, ninguém foi no corpo. E vale lembrar que o Palmeiras tem um goleiro de mais de dois metros de altura e que também ficou plantado. O Flamengo estava um pouco melhor, mas até aquele momento tudo poderia acontecer.
Justo
O que me pareceu estranho é que o Palmeiras, depois do gol tomado, não se mostrou ativo a ponto de tentar buscar o empate. Abel não mudou taticamente o time e o Palmeiras se resumiu, nas raras vezes em que esteve no ataque, a um arremedo que só buscava alçar bolas na área. Muito pouco para o tamanho do Palmeiras e menos ainda para um cara como Abel, que sempre se mostrou muito bom taticamente. Por isso, o título do Flamengo foi muito merecido e até palmeirense reconhece.
Bagatela
Além de ter se tornado o primeiro clube brasileiro tetracampeão da Libertadores, o Flamengo também faturou alto com o torneio. O time fecha a competição com R$ 178,2 milhões em premiação para os cofres da Gávea. A maior parte do valor foi conquistada na final no Monumental de Lima, no Peru: o título valia US$ 24 milhões (R$ 128 milhões) para o ganhador, enquanto o vice ficava com US$ 7 milhões (R$ 37,3 milhões).