Os excessos de exposição ao sol durante a temporada de verão também exigem cuidados no pós-verão, o que a maioria das pessoas acaba ignorando.
No pós-verão, as doenças estão mais relacionadas ao surgimento de manchas, que geralmente aparecem no rosto de forma mais escura (melasma), especialmente em quem já tem predisposição genética. Mas para quem não tem, o sol pode ser um fator desencadeador para o surgimento destas manchas.
“Apesar de se orientar bastante quanto ao uso de protetores solares e de hidratantes durante a temporada de verão, porque a pele resseca muito, mesmo assim sempre poderá gerar consequências à pele no pós-sol”, alerta a dermatologista do Centro Médico Unimed Maria Virgínia Guedes.
Acabando o verão, explica, é preciso fazer o clareamento das manchas, entre elas o melasma e as sardas, que são as principais queixas no consultório após o verão.
Para fazer o clareamento, é preciso manter o uso do protetor solar e utilizar um clareador que contenha ou não ácido retinóico, principal clareador da pele associado à hidroquinona. O tratamento é à base de cremes. Mas, segundo a dermatologista, existem outras formas de tratar as manchas, como o peeling, que utiliza ácidos, e o microagulhamento robótico.
Outro fator importante apontado pela médica é corrigir o ressecamento da pele. No verão, o ressecamento fica por conta do sal da água do mar, do sol, do bronzeamento e das queimaduras na praia e na piscina, pela ação do cloro e de outras substâncias. O importante é sempre manter a hidratação.
“Hoje, temos, além dos cremes, comprimidos via oral com uma substância que se chama luteína, a qual auxilia na prevenção do envelhecimento da pele. Ela aumenta o teor de água na pele, porque pele seca envelhece mais rápido”, acentua.
A dermatologista comenta que uma coisa que gosta de associar, além do hidratante direto na pele, é fazer uso, pelo menos durante três meses, da medicação oral.
Sol no dia a dia é acumulativo, diz médica
Apesar de o verão estar acabando, não há como se descuidar em relação à exposição ao sol. “Temos que pensar que o sol no dia a dia é acumulativo, e que as áreas expostas do corpo aos raios solares, a médio prazo, podem se transformar em um câncer de pele”, prevê a dermatologista. É preciso, segundo a médica, seguir com o uso da proteção correta. No verão, o protetor com fator 50/60 é o indicado, e depois se pode reduzir para o 30, que oferece uma excelente proteção para o período de outono e inverno. Maria Virginia também ressalta o uso de vitaminas antioxidantes, sendo a principal a vitamina C, que tem uma ação importante para formar colágeno. “Hoje, os colágenos dermatológicos já vêm com as vitaminas A, C e E”, ressalta. Mas o sol não é um vilão total.