Um grande ato público foi realizado e uma nova manifestação já está marcada
Professores e outros trabalhadores de Santa Catarina se reuniram na tarde de terça-feira em frente ao Centro Administrativo do governo catarinense, na SC-401, para um ato organizado pelo sindicato da categoria. Hoje a greve dos professores completa dez dias.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte/SC), cerca de 40% dos profissionais do magistério estão em greve. O governo, no entanto, fala em menos de 15% de adesão.
O primeiro grande ato da greve na educação teve a presença de deputados, lideranças sindicais e milhares de professores de todo o Estado. A manifestação contou com a primeira rodada de negociações com o governo do Estado após o início da greve, mas terminou sem nenhuma proposta de reajuste ao magistério. Uma nova manifestação foi marcada para o dia 8.
De acordo com o secretário da Administração Vânio Boing, o Estado apresentou diversas propostas à classe, incluindo a recomposição do auxílio-alimentação, mas para que ocorra uma nova negociação os profissionais devem retornar às atividades.
“Para que a gente possa voltar a qualquer diálogo com relação à proposta que o Sinte está fazendo, necessariamente, eles têm que voltar às atividades na quinta-feira (hoje) de manhã”, afirmou o titular da pasta.
Para o sindicato que representa a categoria, discutir uma nova proposta apenas após o fim da greve “não resolve” e a paralisação deve continuar.
Impraticável
Segundo Boing, a medida reivindicada pelos professores é considerada impraticável. “O impacto financeiro da implementação da demanda da categoria gira em torno de R$ 4,6 bilhões e isso seria impraticável de acordo com a lei de responsabilidade fiscal”, defende o secretário.