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Arte ajuda a lidar com o isolamento

15/06/2021 06:00

Talvez não seja a primeira vez que você esteja lendo sobre isso, ou talvez não tenha percebido que muitas pessoas se reinventaram e buscaram formas de vencer as barreiras impostas pelo isolamento social.


Dentre as saídas, as primas Jéssica e Samara Librelato encontraram nos trabalhos manuais uma forma de se reconectarem com “seu eu” e também uma maneira de expressar o que estavam sentindo.


Publicitária, Jéssica, de 28 anos, diz que pandemia foi ainda mais difícil com a perda de seu pai. “Depois dos primeiros meses de pandemia, e após o falecimento do meu pai, retomei a pintura em roupas como forma de terapia. Era algo que me fazia fugir um pouquinho da realidade e me trazia calma.

Isso também incentivou a minha mãe e a minha irmã a olharem mais para este lado. A mãe retomou o crochê e a minha irmã começou a dançar. Foi uma forma de tentar nos conectarmos”, relembra Jéssica.


A jovem conta que desde pequena sempre se identificou com as atividades artísticas e manuais. “Tanto é que trabalho com planejamento e criação de conteúdo, que envolve estratégia e criatividade voltada para o marketing. Sempre foi onde me destaquei. Porém, com o trabalho existe a pressão constante por resultado, o que é normal, mas em alguns momentos não é tão prazeroso”, diz.


União através da arte

Com a prima Samara, Jéssica já tinha um projeto de reaproveitamento de peças usadas através de customização com pintura, que precisou, no início da pandemia, dar um tempo. “Com o passar dos meses, resolvemos retomar o projeto. A Samara usou a habilidade em desenho e pintura e começou a fazer arte nas paredes da casa dela. Retomamos como forma de terapia. Com isso, as pessoas começaram a ver e pedir encomendas. De roupas até desenhos nas paredes”, comenta Jéssica.


Realização com hobby

Para Jéssica, os trabalhos manuais durante a pandemia começaram de forma despretensiosa. E o que era um hobby se tornou realização. Com o passar do tempo, as pessoas pediram para as jovens realizarem pinturas.


“Temos bastante pedidos e só não conseguimos atender todos por conta das restrições da pandemia e também do tempo. É uma atividade que conciliamos com as nossas atividades principais. Mas é algo que temos colocado muito amor, pois nos faz bem e as pessoas ficam muito realizadas quando veem o resultado”, afirma.


Jéssica conta que, recentemente, ela e Samara pintaram uma parede de uma casa para uma família que chamou a atenção das duas. “Aquela parede representa um marco na vida deles. É onde irão receber amigos e criar memórias. É muito gratificante para nós sabermos que tem um pouquinho de nós em tantas histórias”, relembra.


Além da habilidade com pintura, Jéssica também passou a fazer crochê e estudar tarô. “Samara faz desenhos realistas e aquarelas. Esse tempo tem sido difícil em alguns aspectos, mas tem trazido à tona muito potencial criativo que temos aproveitado, tanto para fazer uma renda extra, quanto para nos reconectarmos conosco, como autoconhecimento”, reflete. 

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