A partir de hoje, fico duas semanas sem escrever a coluna em virtude de um breve período de férias, que aproveitarei para fazer uma viagem. Devo retornar a partir do dia 23. Quero, todavia, deixar registrado aqui a minha preocupação com um assunto que tem ganhado corpo nas discussões do Congresso Nacional, e sem a devida atenção da população brasileira: a redução da famigerada escala 6 x 1, que rege nossas relações trabalhistas. Longe de querer entrar no mérito sobre os benefícios da alteração em termos de rendimento, bem-estar do trabalhador e outras vantagens mais. Não sou técnico e nada posso dizer sobre isto. Minha preocupação é com os efeitos catastróficos que a mudança deverá provocar no mercado de trabalho.
Queda brutal
O fim da escala 6x1 não é apenas uma questão de direitos trabalhistas, mas também de impacto econômico. Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais revela que a redução da jornada de trabalho, sem aumento correspondente da produtividade, poderia comprometer até 16% do PIB brasileiro, com queda de até R$ 2,9 trilhões no faturamento de setores produtivos. O recado está dado.
A rua e a escola
Com o anúncio da entrega da ordem de serviço para obras de revitalização de uma via pública de pequena extensão, porém circunstancial para o sistema viário da cidade – já que serve de extensão da Prudente de Morais (conhecida rua do Morro do Canudo), a mais importante ligação do Centro da cidade com as regiões do Andrino, São Clemente, Madre e Passo do Gado – acabou suscitando um equívoco muito comum entre os moradores de Tubarão: a confusão entre os nomes Aldo e Alda, ambos Hülse, que se fundem na nomenclatura da referida rua e de um prédio escolar no município.
Rua Aldo Hülse
A rua em questão, que se situa no limite entre o bairro Santo Antônio de Pádua e a hoje conhecida “Nova Moema”, trata-se da Aldo Hülse, em homenagem ao filho de uma tradicional família de servidores públicos e políticos da cidade, cujo pai, Antônio Hülse, foi vereador e até mesmo prefeito provisório em 1945. Antônio Hülse cede seu nome, inclusive, a uma das ruas do Revoredo, na zona norte da cidade.
A escola com o nome dela
Alda Hülse, que muitos tubaronenses nesta semana pensou ser a rua que vai receber as obras de revitalização, é, na verdade, uma escola estadual, situada na comunidade de São Raimundo, divisa entre o São João Margem Esquerda e o Bom Pastor, às margens da rodovia João Alfredo Rosa. Ela recebeu esse nome em homenagem à professora Alda Hülse, que eu – confesso – desconheço se tinha alguma ligação familiar com Aldo ou pertence a outro braço dos Hülses, que se espalharam pelo sul de Santa Catarina no período da imigração alemã, no final dos anos de 1800 e primeiras décadas dos anos de 1900.