A pluralidade de conhecimento e desenvoltura aliados à capacidade de discernir entre essencial e necessário vem guindando Renato Dias Marques de Lacerda nos altos escalões governamentais. Oriundo da carreira de auditor fiscal, o carioca que chegou a ocupar o cargo de secretário da Fazenda, atualmente exercendo a presidência da SCPar – Santa Catarina Participações, tem a responsabilidade de atrair investimentos ao Estado. A seguir, um trecho da conversa quando em missão aos Emirados Árabes: “Esta missão internacional, sob a liderança do governador, proporcionou uma compreensão profunda de como zonas econômicas especializadas e infraestrutura portuária avançada podem ser catalisadores de crescimento econômico”. E vai além: “Para nós, em Santa Catarina, as lições dos Emirados Árabes são claras: inovação, planejamento estratégico e infraestrutura robusta são fundamentais para nosso fortalecimento econômico e atração de investimentos, visando transformar nossa região em um referencial de qualidade e inovação no cenário nacional e internacional”. Por toda a expertise e salvo uma fritada de fogo amigo, não se tem dúvida de que o fará. Em frente, Lacerda!
Novas Malhas
Conforme prometido neste espaço, a Administração Tributária lançou ontem duas novas malhas fiscais com os seguintes objetivos: verificação de possíveis créditos indevidos de mercadorias para uso ou consumo. O que não é novidade, pois está expressamente vedado na legislação o seu aproveitamento. Logo, quem o fez agiu de má-fé. A segunda refere-se à verificação de estorno indevido de débito decorrentes de destaque não permitido em documento fiscal. São estornos extemporâneos. O camarada emite a nota fiscal hoje e debita lá 17 por cento. Passados alguns meses afirma que a operação não era tributada, mas isenta de ICMS. O passo seguinte é o respectivo estorno do percentual aplicado na saída do produto. Malandro, heim? Agora o fisco corre atrás para certificar se realmente o débito existiu e se cabe o estorno relativo àquela mercadoria. Em se confirmando a fraude, o profissional da contabilidade será chamado a resolver o problema do seu cliente.
Remuneração cabide
Prática comum há décadas em que ocupantes de primeiro escalão para reforçar a baixa remuneração, no caso de servidores públicos civis e militares, e para compensar aos que saem de seus negócios privados e abraçam a causa pública, receberem como “bondade” cargo em conselhos de estatais e congêneres, a exemplo do Sesc e Itaipu. Muito lógico que ocupantes devem ser do partido ou estar alinhados com o governo. Vale assim para estados e municípios, com raras exceções, pois não se pode generalizar. Combatidas pela oposição, mas que praticam o mesmo, quando no poder estão. No linguajar popular, só mudam as moscas. Talvez sem chegar ao limite da privatização, porém, em se tratando de dinheiro da “viúva”, quem sabe se fossem em menor número e ocupado por pessoas com capacidade e conhecimento da área? É preciso coragem para criar normas excludentes evitando que esses de alma alinhada utilizem-se do cabide para recompor sua renda.
Retorno das greves
Há poucos dias, alunos das universidades federais retornaram às salas de aulas ou às plataformas virtuais para seguirem no aprendizado com o intuito de, em alguns anos com vasto conhecimento, fazerem jus ao canudo desejado. Porém, esse entusiasmo teve vida curta. Eis que o quartel general de servidores iniciou greve geral por tempo indeterminado reivindicando reposição salarial. Se é justo ou não, até onde serão prejudicados os alunos? No embalo e motivação, servidores da prefeitura da capital, assim como os dos transportes coletivos de Blumenau aderiram a movimentos grevistas. Não existe outra forma de buscar diálogo e chegar a um consenso, ou por que seria interesse escuso por se estar em ano eleitoral? A conferir!
Refletindo
“Fique longe de pessoas tóxicas”. Maria Branyas Moreira, nos altos dos seus 116 anos. Uma ótima semana!