18 DE OUTUBRO DE 2024
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MILTON ALVES

15/10/2024 06:00

A presidência da Câmara

Ninguém toca nesse assunto e, na real, é mesmo um pouco cedo para tratar desta questão de forma aberta, pública. Todavia, especular não é pecado, e foi justamente especulando pelas esquinas da política tubaronense que recebemos o indicativo de que PSD e PL, as duas maiores bancadas da futura legislatura, já estão encaminhando nos bastidores o acerto para dividir a presidência, com dois anos para cada sigla. Questão fechada, dizem.
 

Lembrando Ronério

O modelo de comando, se dois anos direto ou um ano para cada, intercalados, e os escolhidos para assumir, ainda não se sabe. O que se sabe é que a Câmara fica mesmo entre PSD e PL. A não ser que apareça algum egocêntrico disposto a promover uma aliança com a oposição para tentar um “pulo do gato”, como fez Ronério Cardoso Manoel em janeiro de 2001, dando uma rasteira na coligação que o levou ao poder pela primeira vez junto a Carlos Stüpp.

Derrubando os acertos

Na ocasião, atropelando acertos feitos pelo prefeito eleito com os partidos coligados após a eleição de outubro de 2000, Ronério se uniu aos vereadores de oposição, oferecendo aos mesmos os demais cargos da mesa, ficando ele no comando da casa pelos quatro anos da legislatura. Contou a seu favor o fato de que, tirando seu voto, situação e oposição se dividiam em partes iguais. Sendo que o voto minerva teve o poder de negociar. Negociou e levou, com Stüpp tendo que engolir em decorrência de só conseguir a maioria para aprovação dos projetos quando contava com o voto do presidente “amigo da onça”.

Levar mais gente

É algo difícil de acontecer, mas como o ditado diz que cachorro mordido por cobra tem medo até de linguiça, não dá para se duvidar de nada. O problema, é que no caso da eleição de agora não seria só difícil, mas quase impossível, pois o pretendente que se aventurasse a debandar para o outro lado não poderia contar só com os votos da oposição, já que PP e PT têm apenas quatro vereadores eleitos. Teria que levar consigo mais três colegas da base governista, para então fechar os oito, e aí já seria “traição” além da conta. Portanto, só nos resta esperar para ver quem PSD e PL indicarão para a presidência da casa nos próximos quatro anos. Em tempo: Valdir Barba, do PSD, o mais votado dessa última eleição com mais de 2.300 votos, me disse ontem que pretende presidir a Câmara, sim. Resta saber se vão deixar.

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