05 DE JULHO DE 2024
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MATHEUS MADEIRA

03/07/2024 06:00

Um novo Comando de Caça aos Comunistas

Na década de 1960 não havia redes sociais e nem canais do YouTube, mas já existia uma extrema direita que sabia perfeitamente usar ferramentas de marketing ao seu favor. Assim como naquela época, não existe qualquer organização comunista com aspirações de poder. Mas havia quem soubesse usar esse fantasma como instrumento para incutir um medo irracional nas pessoas. Antigamente havia até o Comando de Caça aos Comunistas (CCC), que incorporava esse modo de fazer política através do pânico de pessoas inocentes e hoje ele está tendo uma reedição interna. A tarefa do CCC é desvendar os comunistas que estão nos partidos de direita, como supostamente a ex-prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, alvo de protestos inusitados e divertidos. Adeliana não é comunista. Não é de esquerda. Mas cometeu um pecado gravíssimo: defendeu que a população de seu município se vacinasse durante a pandemia que matou mais de 700 mil pessoas no Brasil. O CCC de hoje em dia não a perdoa e ela também não chega a ser uma vítima, porque resolveu se filiar ao PL mesmo sabendo o que a esperava. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

O quinto federal

O Sul de Santa Catarina passará a ter um quinto deputado federal na semana que vem, quando Luiz Fernando Vampiro (MDB) assumir a cadeira de Carlos Chiodini (MDB), que se licenciará para se dedicar à pré-campanha de prefeito em Itajaí. Na bancada do Sul ele vai se somar a Ricardo Guidi (PL), Júlia Zanatta (PL), Daniel Freitas (PL) e Geovania de Sá (PSDB). Todos de Criciúma.

Renunciou

Gustavo Cancellier (PP) renunciou ao mandato de prefeito de Urussanga depois de ser novamente preso em decorrência da Operação Terra Nostra, que apura a compra de um imóvel supostamente superfaturado pelo município. A estratégia de defesa é a mesma vista na Operação Mensageiro: renunciar para que o caso deixe de ser julgado diretamente pelo Tribunal de Justiça, por conta do foro especial dos prefeitos, e volte para a primeira instância.

Segundo ponto

Além de mudar o foro das decisões mais imediatas, como a prisão preventiva, Cancellier também busca argumentar que, sem o mandato de prefeito, não oferece mais riscos à instrução processual por não possuir mais o poder político que supostamente lhe daria essa condição. Quem assume é o até então vice-prefeito Jair Nandi (PSD).

Diário do Sul
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