Ultrapassar a pandemia não foi fácil para nenhum de nós, tenho certeza disso. Imagine para quem, além de manter a própria saúde mental e física, precisava cuidar não apenas de seus familiares, mas também coordenar o atendimento que o Serviço Único de Saúde (SUS) daria a todos os cidadãos de um município. Em meio ao pânico, em meio às naturais pressões para reabrir estabelecimentos comerciais em um momento tão delicado. E também a uma violenta onda de negacionismo que era patrocinada por ninguém menos que o presidente da República da época. Propagar a existência de remédios milagrosos pode ser ótimo para viralizar nas redes sociais, arregimentar seguidores e propagar fake news pelo WhatsApp, mas infelizmente matou muita gente. Muitas pessoas que tomaram cloroquina – aquela que nem a ema do Palácio do Planalto quis, mas enriqueceu uma grande multinacional farmacêutica – e só procuraram um hospital quando já era tarde. Premiado em um congresso na Suíça, o estudo feito por estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UniSul segue provando o quão indispensável é investir em Ciência. Foi com base em dados concretos que o orientador do estudo, o então secretário de Saúde Daisson Trevisol, firmou o pé nas orientações sanitárias à época – algo que precisa ser reconhecido por quem é do campo político do governo e por quem não é também. Mesmo com toda a pressão para aderir ao discurso fácil da cloroquina. Hoje os dados estão compilados, reconhecidos e haverão de salvar mais vidas no futuro.
Correções
Preciso fazer duas correções sobre a coluna de ontem, “Tancredo em compasso de espera”. A primeira é que sua licença da presidência do diretório municipal do MDB não é de 30 dias, mas sim até o dia 30 de junho. A segunda é sobre composições: Tancredo defendeu conversar com todos os partidos, mas não a formação de alianças com as siglas que hoje compõem o governo.
Prazo final
A próxima sexta-feira marca a chegada do esperado dia 5 de julho, data-limite para as últimas desincompatibilizações de quem pretende disputar as eleições deste ano. O prazo vale essencialmente para os servidores efetivos e também para comissionados que não fazem gestão de recursos, como assessores parlamentares.
Secretário Paulinho
O ex-deputado federal Paulinho Bornhausen, filho do ex-governador Jorge Bornhausen, deve ser anunciado nos próximos dias como secretário de Estado da Articulação Internacional. Seria o segundo filiado ao PSD que decide compor o governo Jorginho – o primeiro foi o deputado federal Ricardo Guidi, que acabou migrando para o PL.
