08 DE JULHO DE 2024
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Artigo: Nossas cavernas

Artigo

05/07/2024 06:00|Por Felipe Felisbino - Professor

O passado com suas lições consistentes e contemporâneas. O Mito da Caverna, de Platão, em sua obra a República (385-380 a.C.), é um exemplo. 

Imagine que você, desde criança, fosse acorrentado em uma caverna numa posição que só permitisse ver sombras em uma parede. 

Certo dia, alguém lhe diz que esse mundo que você vê é apenas uma ilusão. 

Haja força e faculdade para imaginar que possa existir algo mais para se fazer na vida, além de assistir às sombras projetadas na parede. 

 

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O estímulo para descobrir a verdade surge dentro ou fora de você. Porém, você precisa decidir se vai seguir essa voz em busca da verdade ou continuar na sua vida de sempre.

No Mito da Caverna, um homem resolve sair. Ele luta contra as correntes e sai seguindo uma LUZ no meio da escuridão. 

Após alguma dificuldade, enfrentando a luz que arde em seus olhos e os obstáculos encontrados pelo caminho, ele encontra a saída da caverna e descobre o mundo como ele é. 

A LEALDADE faz que ele volte para contar aos outros que estão presos, pois sente que não será feliz sabendo que os demais estão acorrentados na caverna, vivendo uma ilusão. Não é fácil voltar, mas ele volta – e, sem dúvida, não é compreendido. 

lgumas pessoas estão presas e hipnotizadas em suas “verdades”: crenças, valores, meio em que vivem, programas a que assistem e às pessoas que escutam fazem com que não percebam estar vivendo uma ilusão.

Devemos escutar o nosso estímulo interno, pois é assim que alguns questionam o que veem e saem buscando respostas sobre o sentido e o significado por trás do que fazem e acreditam. 

Convivemos com pessoas que montaram o “esquema” da caverna. Elas montaram a estrutura das correntes e são responsáveis por decidir quais são as “imagens” que hipnotizam as pessoas. 

Elas conhecem o mundo fora da caverna, mas escolhem por manipular as pessoas e mantê-las dependentes ao invés de libertá-las. 

A falta de discernimento pode levar o acorrentado a preferir viver a dor e a ilusão do já conhecido a arriscar-se em direção a uma situação melhor, porém, desconhecida. Decidem, de forma consciente ou inconsciente, ficar na mesma situação.

Lembro de Epiteto que dizia: “escravo é aquele que luta contra coisas que não dependem dele e, diante daquilo que depende dele, não faz nada”. 

Platão descreve a importância do senso crítico e da razão, o que pode ser interpretado como uma crítica aos que, por preguiça ou falta de interesse, não questionam a realidade e aceitam as ideias impostas, ou seja: a caverna.

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