A Polícia Civil de Laguna indiciou a mãe e o padrasto de uma bebê de um ano pelo crime de estupro de vulnerável, no caso que gerou revolta e indignação no Estado.
O inquérito foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para análise. A polícia informou ainda que a bebê teve lesões, tanto vaginal quanto anal, e precisou passar por uma cirurgia para reconstituição. Segundo o pai biológico, a criança já está em casa se recuperando.
Conforme destacou o delegado William Testoni Batisti, que presidiu a investigação, “a atrocidade cometida contra a criança foi tamanha que demandou extremo profissionalismo dos policiais envolvidos, para que o caso não nos atingisse pessoalmente”.
“Além disso, todo o entorno que envolve o crime, a proteção de um ao outro em seus interrogatórios, e a tentativa de se esquivar da suspeita médica, levando a criança para longe do distrito da culpa, transpareceram a participação de ambos nessa atrocidade, o que permitiu o indiciamento dos dois”, concluiu o delegado.
De acordo com a investigação, a violência contra a bebê ocorreu no dia 20 de abril, entre 18h e 23h, quando a mãe e o companheiro, que mantinham um relacionamento há dois meses, estavam no apartamento.
Fuga de hospital e atitude evasiva
O caso veio à tona na manhã do feriado de Tiradentes, após o hospital de Laguna comunicar que havia sido feito um atendimento numa criança com suspeita de violência sexual, mas que a genitora, quando comunicada da situação, fugiu do local. A polícia passou a apurar o caso e descobriu que a criança havia sido levada para um hospital em Criciúma, onde profissionais também apontaram a suspeita do crime sexual. Nesse meio tempo, a criança ficou sem atendimento adequado por aproximadamente seis horas, informou a polícia. A Polícia Científica confirmou a violência após exames.
No apartamento do casal, onde teria ocorrido o estupro, os investigadores encontraram o suspeito de 27 anos, que foi preso em flagrante. Segundo a polícia, o local já havia sido alterado, porém, permanecerem vestígios importantes à investigação.
A mãe da bebê apresentou comportamento evasivo e questionou a suspeita médica. Diante disso, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva da genitora, de 30 anos, que foi cumprida no dia 27. Após audiência de custódia, a prisão preventiva foi substituída por domiciliar. Já o companheiro permanece preso no Presídio de Laguna.