Uma deliberação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), ontem, ditou os rumos da imunização em dez municípios catarinenses que fazem fronteira com a Argentina.
A intenção do governo de Santa Catarina é concluir a aplicação da primeira dose na população de 18 a 39 anos nas próximas semanas nas cidades de Bandeirante, Belmonte, Dionísio Cerqueira, Guaraciaba, Itapiranga, Paraíso, Princesa, Santa Helena, São José do Cedro e Tunápolis. Ao todo, cerca de 25 mil doses precisam ser administradas para atingir todos os adultos aptos destes municípios.
“Vamos antecipar a vacinação de toda a população adulta nos locais que fazem fronteira com a Argentina. A medida faz parte dos esforços para diminuir o risco de introdução de novas variantes em Santa Catarina”, disse o governador Carlos Moisés.
A Argentina detectou, até o momento, 93 amostras das variantes Lambda e Delta. Diante deste cenário, Santa Catarina irá agilizar a imunização nas dez cidades fronteiriças para criar uma espécie de barreira imunológica. A ação visa coibir a entrada de cepas oriundas do país vizinho.
“A nossa intenção é prevenir as variantes de preocupação e de interesse. Os estudos demonstram que essas mutações possuem maior capacidade de transmissibilidade, o que representa possível sobrecarga na saúde pública e nos serviços. Com o intuito de proteger a saúde dos catarinenses, evitando novos casos mais graves, a secretaria solicitou ao Ministério da Saúde um quantitativo suficiente para imunizar toda a população restante destes dez municípios. Serão 24.463 doses da vacina contra a covid-19”, resumiu o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.
Cinco casos confirmados
A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, confirmou ontem a identificação de cinco casos importados (transmissão fora do Estado) da variante Delta. Tratam-se de cinco amostras de tripulantes do navio M/V Aristidis, que se encontra ancorado próximo ao porto de São Francisco do Sul, no litoral Norte de Santa Catarina.