Liz, de 3 anos, era filha de Adriana Ibba, ex-assessora da Câmara de Capivari
O Corpo de Bombeiros concluiu neste fim de semana os trabalhos de resgate dos corpos dos 58 passageiros e quatro tripulantes que estavam no voo 2283, operado pela Voepass Linhas Aéreas, e que caiu em um condomínio residencial em Vinhedo, interior de São Paulo, na última sexta-feira.
Entre as vítimas, está a menina Liz Ibba dos Santos, de três anos. Liz era filha da jornalista Adriana Ibba, que morou há alguns anos em Tubarão e trabalhou como assessora de imprensa na Câmara de Vereadores de Capivari de Baixo, entre maio de 2017 e dezembro de 2019. Atualmente, Adriana mora no Paraná e trabalha no grupo Catve de comunicação.
A menina estava no voo acompanhada do pai, o programador de 41 anos Rafael Fernando dos Santos, de Florianópolis. Segundo familiares, Rafael tinha ido a Cascavel (PR), de onde partiu o avião, para buscar a menina, que passaria o Dia dos Pais na capital de Santa Catarina. Os pais tinham guarda compartilhada.
Catarinenses
Rafael era servidor do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ao menos outros três catarinenses também estavam no voo. São eles Diogo Boeira Ávila, de 42 anos, gerente de vendas, morador de Florianópolis, Paulo Henrique Silva Alves, de 40 anos, engenheiro sanitarista e ambiental, também da capital, e Renato dos Santos Lima, de 34 anos, coordenador de franquias, também morador de Florianópolis. O governo de Santa Catarina decretou luto oficial de três dias.
Corpos ainda não foram liberados
Não houve sobreviventes da queda do voo 2283 e todos os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista para os procedimentos de reconhecimento. Até ontem, no entanto, apenas dois corpos foram identificados, e o IML não informou quando devem ser liberados para as famílias realizarem o funeral. As caixas-pretas da aeronave, que contêm as gravações de voz da cabine e os dados técnicos do voo, desde a partida, em Cascavel (PR), até o momento da queda, em Vinhedo, já começaram a ser periciadas de acordo com informação da Força Aérea Brasileira (FAB). O destino final desse voo seria o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Cerca de 40 profissionais – entre médicos legistas, odontólogos legais e equipes de antropologia e radiologia – estão dedicados ao trabalho de reconhecimento dos corpos. O IML central de São Paulo foi fechado para fazer um trabalho exclusivo às vítimas do acidente.