As cotas raciais estiveram em pauta na semana que está se encerrando. Um projeto de lei de minha autoria foi reprovado na segunda-feira na Câmara de Vereadores. Dois dias depois a Assembleia Legislativa foi além e proibiu que o modelo siga sendo adotado nas universidades. Pode ser o desmonte de uma política afirmativa que dá resultados notáveis e poderia combater o estado de “apartheid social” em que vivemos. No apartheid original, na África do Sul, brancos e negros deveriam frequentar lugares distintos. Na versão social, não há nenhuma previsão formal de separação. A ordem é velada e definida pela economia. Descendentes de homens e mulheres escravizados que não foram acolhidos pelo Estado, os negros vivem mais intensamente todas as mazelas da desigualdade: moram nas periferias, são mais pobres, têm menos acesso ao estudo e a oportunidades de trabalho. São maioria quando há registro de trabalho análogo à escravidão. As estatísticas estão aí: são mais vítimas de violência doméstica e de abandono familiar. Quando entram no serviço público, em geral é para desempenhar funções de menor escolaridade e, claro, menor salário. Há brilhantes exceções em todas as áreas – e as histórias de racismo se multiplicam. A sociedade pode fingir que não há apartheid social. Não contem comigo.
“O MDB estará na majoritária”
Em entrevista ao podcast Upiara F5, Carlos Chiodini afirmou que o MDB confia na promessa de Jorginho Mello, feita em Tubarão, de que caberá ao seu partido a indicação do vice na chapa que buscará a reeleição. E afirmou categoricamente que se o espaço não for reservado, o partido estará fora da aliança. Chiodini deixou claro que tem interesse na vaga.
Busca pelo PSD
Jorginho tem buscado aproximação com alas do PSD. Fez pomposos anúncios de recursos em Criciúma e Balneário Camboriú, que são governadas pelo partido de João Rodrigues. A impressão que dá é que o governador não quer atrair o partido, até por falta de espaço. Quer apenas causar a divisão no berço de um adversário de peso.
Moro sem legenda
A Federação União Progressista (PP/ União) definiu que não abrigará a candidatura do senador Sérgio Moro (União) ao governo do Paraná. O ex-juiz, portanto, precisará buscar outro abrigo. Ele ainda está concluindo a primeira metade de seu mandato de oito anos no Senado.