Deyvisson Souza permanece preso
Em decisão anunciada ontem, o ex-prefeito de Pescaria Brava Deyvisson Souza foi condenado a 64 anos de prisão. A sentença é do juiz Renato Müller Bratti, responsável pela Vara Criminal de Laguna.
A condenação do exprefeito, que renunciou ao cargo em 2023 e foi preso dentro da operação recentemente, ocorreu pelos crimes de organização criminosa e corrupção.
Além disso, após o processo transitado em julgado, ele terá os direitos políticos cassados por oito anos. Da decisão, Deyvisson não poderá recorrer em liberdade.
O juiz detalha no despacho dizendo que: “com o ato corruptível do acusado, ocasionou sua segregação, trouxe descrédito à credibilidade de política para a população, além de resultar na descontinuidade, ainda que momentânea, na gestão administrativa do município. Não fosse isto, devido ao acusado favorecer o grupo empresarial, diversos outros empreendedores deixaram de vencer certames públicos, os quais poderiam gerar empregos e resultar em benefício econômico ao município”, fala.
Condenações
Outras sete pessoas também foram condenadas dentro do mesmo processo. As penas delas chegam, no máximo, a 25 anos de prisão.
A Operação Mensageiro investiga o escândalo do lixo em diversas cidades do Estado.
Ex-prefeito voltou a ser preso em julho deste ano
Desde o dia 26 de julho, o ex-prefeito de Pescaria Brava Deyvisson de Souza (MDB) está preso. Alvo da primeira fase da Operação Mensageiro, ele já havia sido recluso em dezembro de 2022 e estava em liberdade provisória desde setembro do ano passado.
A segunda prisão aconteceu após uma divergência técnica: o MPSC recorreu, inicialmente, contra a decisão de primeiro grau que liberou Deyvisson de Souza da prisão.
O caso foi para a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que responde pelos casos da Operação Mensageiro. Por unanimidade, os desembargadores determinaram que ele retornasse à prisão.
A defesa chegou a recorrer, porém o pedido de prisão foi mantido.
Renúncia na prisão
Durante seu primeiro período preso, o ex-prefeito de Pescaria Brava renunciou ao cargo. Com isso, o processo onde ele virou réu saiu então do Tribunal de Justiça para a Comarca de Laguna, onde foi condenado.