A avaliação é dos especialistas que participaram do Radar Reinvenção
A região Sul de Santa Catarina tem a oportunidade de se tornar referência mundial na transição energética justa, que considera a acessibilidade de energias renováveis, tanto do ponto de vista da segurança no fornecimento quanto da democratização do acesso e preços acessíveis.
A avaliação é dos especialistas que participaram do Radar Reinvenção - Transição Energética, realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Criciúma.
O Sul catarinense se depara com a oportunidades de transformar um passivo histórico em ativos de inovação, geração de novos negócios e atração de investimentos.
O diretor de Inovação e Competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates, destaca que a região tem potencial para se tornar referência mundial em transição energética, com o desenvolvimento de um ecossistema robusto, capaz de atender às demandas locais, mas também globais. “O Sul de Santa Catarina tem a indústria mais diversificada do Estado, e estudos da Fiesc mostram que o investimento no desenvolvimento de um ecossistema de inovação focado na transição energética traria os maiores benefícios para a região”, avalia. Para o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, a transição energética é fundamental para o desenvolvimento da economia catarinense e está na pauta das empresas que querem se tornar mais competitivas.
Energia limpa
Para o CEO da Diamante Energia, Pedro Litsek, a indústria catarinense e o próprio Brasil já têm uma matriz energética limpa, com mais de 90% oriunda de fontes renováveis. O país peca, no entanto, no volume de emissões. Capturar carbono e reduzir emissões, segundo ele, pode ser mais fácil e mais barato do que eliminar o uso de combustíveis fósseis.
Entre as alternativas estão investimentos em segmentos como o de florestas plantadas, que desde o plantio até a retirada capturam carbono. O Brasil é o oitavo país em hectares plantados de florestas, com 9,5 milhões de área. Mas apenas 2% são cultivadas.