Muitos cidadãos catarinenses ficaram estarrecidos ao tomar conhecimento, através de uma reportagem do jornal O Globo, que o governo do Estado firmou, sem licitação, um contrato de R$ 742 milhões com uma empresa do Piauí para implantar uma plataforma de telemedicina. Quanto mais se aprofunda, pior fica. A proposta foi apresentada três dias depois de a empresa abrir sua filial em Santa Catarina. É um escândalo monumental, na forma, no conteúdo e na dimensão. Quem entende que Jorginho Mello precisa urgentemente se explicar foi chamado de “um monte de gente desocupada que não tem o que fazer”, em entrevista à rádio Jovem Pan de Florianópolis. Apesar das ofensas, sigo sendo um dos que cobram uma explicação do governador. E você? É mais um dos “desocupados”?
Três vices na cara do gol
Você sabe quem são Rejane Gambin (Novo), Maryanne Mattos (PL) e Valmor Scolari (PSD)? Eles podem se tornar personagens centrais da política catarinense em pouco mais de um ano. São os vice-prefeitos de Joinville, Florianópolis e Chapecó, respectivamente. Nas três cidades, os titulares - Adriano Silva (Novo), Topázio Neto (PSD) e João Rodrigues (PSD) - são tidos como possíveis nomes para a chapa majoritária de 2026.
A nova esquerda
Não devemos desconsiderar a necessidade da esquerda de reavaliar estratégias, procedimentos e nomes apresentados nas eleições. Em Santa Catarina, por exemplo, surgiu uma geração de vereadores eleitos nas maiores cidades do estado. São parlamentares jovens e com outra abordagem política, que talvez tenham apontado por onde deve se trilhar.
Bolsonaro sucumbiu
Boa parte dos vitoriosos, diretos ou indiretos, deste ano foi à imprensa deixar claro que Bolsonaro não os representa mais. São os casos de Ricardo Nunes (MDB), prefeito reeleito de São Paulo; Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná; e Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás. Queiram ou não, há um novo movimento de direita, em que o apoio cego ao ex-presidente não é mais requisito.
Transferência de caneta
O presidente da Assembleia, Mauro de Nadal (MDB), fez um gesto simbólico nesta semana: presenteou o deputado Júlio Garcia (PSD), único remanescente da Constituinte de 1989, com uma bela caneta. Júlio é tido como o favorito para ser eleito presidente da Casa no ano que vem.