Olá, meus aumiguinhos! Na crônica de hoje, quero compartilhar com vocês mais uma aventura que vivi com a Gota no livro “Gota & Pingo – Aventuras em Santa Catarina”. E essa, meus aumigos, envolve areia, ondas… e um caldo daqueles que a gente nunca esquece.
A Praia da Joaquina estava linda e o sol brilhando no céu. E eu resolvi apresentar para a Gota minha versão Pingo surfista. O mar estava meio agitado, mas eu já estava tomado pela coragem — que, aliás, aparece em mim nos piores momentos. Corri para a água todo cheio de mim e confiante de que ia fazer uma bela apresentação para a Gota.
De repente, vejo aquela onda se formando lá no fundo. Pensei “uau, esta é perfeita para eu mostrar todo meu potencial de surfista”. Mas antes que eu pudesse dizer “au”, já estava de cabeça para baixo, depois para cima, depois para o lado. Minhas patinhas apareciam para fora da água como se estivessem pedindo socorro.
— Goooooooota!!! — tentei gritar, engolindo metade do Oceano Atlântico.
Quando já não conseguia mais respirar, senti uma força puxando meu corpo. Era a Gota, minha heroína. Ela me guiou pela corrente, lutou contra o balanço do mar, e me trouxe de volta para a areia — onde desabei, exausto, mas salvo.
E foi ali, com a areia grudada no meu pelo e o coração ainda fazendo cambalhotas, que eu entendi uma coisa importante: ser corajoso sem pensar nas consequências pode ser bem perigoso.
Às vezes, ter um medinho é exatamente o que salva a gente de se meter em encrenca.