Não sendo nas dependências do Paço Municipal, ou em qualquer outra repartição da municipalidade, não vejo que haja algum impedimento legal ao fato de procuradores de um município se reunirem com uma das duplas candidatas a prefeito e vice. Não existe nada na lei que impeça isto. Todavia, e essa é uma opinião muito particular, não enxergo a ação envolvendo personagens de Tubarão como algo que possa ser considerado normal. Normal não é, pois no mínimo compromete os procuradores, tanto nas ações que envolvem a atual gestão, quanto em futuras ações da municipalidade. A não ser que eles acreditem que Maristela Francisco e Professor Paulão já estão eleitos. O encontro, registrado pela foto, se deu nas dependências de uma famosa casa de cafés e doces na Vila Moema e teria sido organizado pela procuradora efetiva Patrícia Uliano, que já foi procuradora-geral na gestão do ex-prefeito Olavio Falchetti. Aliás, registra-se que Olavio não teve nada a ver com esta reunião.
Os candidatos
O que também chama atenção na foto é que além da candidata a prefeita pelo PT, Maristela Francisco, e do candidato a vice, Professor Paulão, foram convidados e estavam presentes, como se vê na foto, apenas dois candidatos a vereador pela federação PT/PV e PCdoB, Matheus Madeira, o presidente do PT, e a advogada Stael Stüpp, que a exemplo do ex-prefeito Olavio quanto à reunião, também não tem nada a ver com o candidato a prefeito pela coligação PSDB/PP, Carlos Stüpp. Seriam estes candidatos a vereador pelo PT os preferidos da chapa majoritária? Ou quem convidou os vereadores foi a procuradora Patrícia?
Intrigante
Agora, o que chamou atenção mesmo neste encontro foi uma intrigante assinatura de um documento por parte da candidata Maristela Francisco, que não dá para identificar do que se trata, mas que – sem dúvida – parece ser algo que interessa bastante à procuradora anfitriã do encontro. As más línguas da internet já estão dizendo que, pelo olhar da Patrícia Uliano, pode até ser um termo de compromisso de nomeá-la procuradora-geral novamente, caso a candidata petista seja eleita. Será que a confiança na vitória chega a tanto?
