19 DE SETEMBRO DE 2024
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MILTON ALVES

18/09/2024 06:00

Agenda esfarelada

E a agenda de Jair Bolsonaro, marcada para amanhã e depois, visando reforçar as campanhas do PL em Santa Catarina, minguou tanto quanto algumas candidaturas do partido em municípios importantes. No início viria a sete cidades, depois cinco e sobraram duas: Balneário Camboriú e Criciúma. Ambas com sérios problemas para os candidatos liberais, que apesar de terem saído à frente nas pesquisas, estão sendo atropelados pelos principais adversários, e em patamares bastante significativos.

Os casos extracampo

São situações bem complicadas, pois não se trata apenas da força deste ou daquele candidato. E também não passa por outras candidaturas. A problemática maior é que são fatores externos que pesam, e bastante, na balança da disputa. Fatores estes contra os quais pouco se pode fazer, pois influenciam no imaginário popular de tal modo que o resultado da eleição fica à mercê das “ondas”, coisas que os bolsonaristas conhecem e sabem muito bem do poder que têm.

O prefeito e o deputado 

Algo tipo Clésio Salvaro que está preso, para muitos por razões injustificáveis, ou o deputado Carlos Humberto, que era o candidato do eleitorado de direita de Balneário, mas foi deixado de escanteio pelas lideranças do partido. Tanto Clésio quanto Carlos Humberto, apesar de não estarem na disputa, influenciam diretamente nos resultados. Nuances do eleitor, que muitas vezes aceita ser engabelado por promessas e ofertas, mas quando se depara com situações que entende serem injustas, vota contra, e com raiva. 

O filho e as candidaturas

Mas a agenda não é apenas para salvar candidaturas. Em BC talvez o que mais importe a Bolsonaro seja dar uma força ao filho Jair Renan, que mora na cidade e busca ser vereador. Óbvio que aproveita para tentar turbinar a campanha do candidato do PL a prefeito, Peter Grando, que apesar do apoio do prefeito Fabrício Oliveira, e do governador Jorginho, vem apanhando de Juliana Pavan (PSD), filha do ex-governador Leonel Pavan, 25 pontos à frente na pesquisa.

Pagando pelo que falou

No resumo da ópera o certo é que Bolsonaro deixa mesmo para trás Joinville, Itajaí, Blumenau, Jaraguá do Sul e Tubarão. Não vem à nossa cidade porque, segundo as más línguas, não ficaria bem subir num palanque que, no linguajar popular da direita, é considerado “melancia”. Dizem por aí que ao descobrir vídeos e prints com Soratto criticando e tirando sarro dele e dos filhos, e ter se cientificado de que eram verdadeiros, comunicou aos liberais de SC que não passaria por aqui. Se isto é verdade, não sei. Não tenho certeza. Mas que os vídeos existem, existem. Eu provo, pois se tem um mentiroso nesta história não sou eu.      

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