Foi a partir do renascimento que os pintores começaram a pintar corpos nus, na maioria das vezes, corpos femininos.
Naquele tempo, o padrão de beleza do corpo da mulher era bem diferente do atual. As musas que ousavam pousar nuas não poderiam ser, na atualidade, modelos para desfile de modas, pois eram do tipo rechonchudinhas, ou seja, portadoras de coxas grosas, discreta “barriguinha”, bumbum globoso, mas tinham os seios pequenos.
A mais famosa delas foi a Maja, pintada por Goya, famoso pintor da escola espanhola, que a pintou vestida e desnuda: as famosas Maja Vestida e a Maja Desnuda.
Foi o maior disse que disse na corte espanhola, pois muitos identificaram o corpo da Maja como sendo o de uma jovem amante do Duque de Alcudia, com quem Goya havia tido ou estaria mantendo um romance. Isto embora as feições do modelo fossem de uma mulher desconhecida. A pintura é tida como sendo a primeira obra do gênero a retratar os pelos pubianos.
A ousadia em pintar a Maja desnuda fez com que ele fosse intimado a apresentar-se ao tribunal da inquisição espanhola, sendo punido com a perda da sua posição como pintor da corte.
São obras-primas do gênero os nus de Manet, Renoir, Cézanne, Ticiano, Degas, de onde se depreende que boa parte dos pintores famosos pintaram nus.
Já em um passado menos remoto, Pablo Picasso, pintor cubista, pintou o seu famoso e discutido “As senhoritas d’Avignon’’.
Na atualidade, o nu feminino somente aparece em ensaios fotográficos, muito reveladores por sinal, encontradiços principalmente nas revistas dirigidas ao público masculino.
Aos pintores, restam naturezas-mortas, paisagens e flores.