Teremos tomado conta do céu?
É o que parece: naquelas alturas, encontram-se dezenas de satélites artificiais servindo ao homem, como avançada tecnologia para o seu deslumbramento, pois tem hoje a possibilidade de ver ao vivo acontecimentos que ocorrem no “outro lado do mundo” e até conversar com gente querida onde quer que esteja.
Em recente viagem à Suíça, lá em Genebra, ao olhar para o céu, vislumbramos apenas dezenas (!) de nuvens quase retilíneas produzidas pelos enormes aviões que lá deixam seus rastros vaporosos, afrontando a natureza, desenhando no céu surpreendentes imagens, que mais se parecem com papéis pautados ou tabuleiros de xadrez.
Lá em cima, estivemos, por 11 horas, a 11.000 metros de altura, a bordo de um Boeing 777-300 ER, a 900 km por hora, cruzando o Oceano Atlântico, após percorrer a pista durante quarenta segundos e prodigiosamente erguer-se no ar, consumindo oito litros de querosene por quilômetro (!), e levando, apesar do seu peso de 135 toneladas, 396 passageiros, mais a tripulação, malas e bagagens. Lá fora, até 50 graus centígrados, negativos!
Lá embaixo, um desfile do mapa-múndi: Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Oceano Atlântico, Dakar, os desertos sem fim da África, Marrakech, Gibraltar, Granada, Andorra, Genebra e um pouso suave em Zurique, como se fosse um atobá!
Estes gigantes do ar estão, a cada dia, aos milhares, profanando o Céu de Deus!