Músico já integrou o Grupo Tubarão, sucesso no estado nas décadas de 80 e 90
O produtor musical catarinense Carlos Trilha, que foi integrante do Grupo Tubarão no começo da carreira, recebeu o Grammy por seu trabalho como engenheiro de mixagem no último álbum de Erasmo Carlos, “O Futuro Pertence À... Jovem Guarda”, lançado em 2022. O troféu que representa o prêmio, com o famoso gramofone, chegou recentemente em Florianópolis, vindo de Los Angeles, nos Estados Unidos.
O disco venceu o Grammy Latino de 2022 na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa, e foi finalizado por Carlos Trilha em Palhoça.
O álbum reúne oito faixas de rock contemporâneo com releituras de clássicos da Jovem Guarda, as quais Erasmo nunca havia gravado anteriormente.
O Grammy Latino acontece anualmente nos Estados Unidos e homenageia obras gravadas em português ou espanhol nos EUA, América Latina, Espanha, Portugal e Canadá. A premiação é considerada o “Oscar” da música.
Carreira é marcada por sucesso
Carlos Trilha é um dos nomes mais respeitados da música nacional, tendo sido músico de apoio da Legião Urbana em turnês e no estúdio. Arranjou e produziu os CDs solos de Renato Russo e trabalhou com outros nomes importantes, como Léo Jaime, Jerry Adriani, Lobão, Catedral, Marisa Monte, Ana Carolina, entre outros.
No começo da carreira, integrou o grupo Tubarão, a maior banda do estado nos anos 80. O produtor reconheceu em suas redes sociais a importância de Paulo May, o Juca, um dos fundadores da banda, em sua carreira. Juca é irmão de Deka May, outro dos fundadores do grupo e que é colunista no Diário do Sul.
“Antes de falar pra qualquer pessoa sobre a chegada do Grammy, fui até a casa do meu professor Paulo May, o Juca, que me ensinou os caminhos do áudio, como programar drum machines, sequencers e como tocar piano, órgão e synths efetivamente (sem atrapalhar as guitarras) em uma banda de rock. Este prêmio eu dedico a ele”, escreveu Trilha em suas redes sociais.