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JOÃO MARCELO FRETTA ZAPPELINI

06/06/2025 06:00

Resiliência

Li os dois primeiros capítulos com um nó na garganta. Fiquei angustiado, uma sensação ruim. Saí para trabalhar após aquela breve leitura, mas os primeiros relatos daquele texto me fizeram pensar o dia inteiro no momento de voltar para casa e poder terminar o que eu havia começado.
Talvez, por ter perdido duas pessoas muito próximas e jamais ter imaginado que passaria pela dor do luto tão precocemente, é que tenha sentido algo tão forte ao ler o livro “Plano B”, de Sheryl Sandberg e Adam Grant.
Não é um livro alto astral, pelo contrário. Em certos momentos, chegava a pensar o porquê de ainda o estar lendo. Mas a quantidade quase sem respiro de ensinamentos que são contados supera qualquer sentimento de ansiedade que insistisse em permanecer durante ou, até mesmo, após a leitura.
Leiam. É inspirador.
 

Resiliência II
Não é spoiler, é apenas uma parábola bastante conhecida e que acho interessante retransmitir.
Os autores a utilizaram para fazer uma correlação bastante inteligente com as amizades que nutrimos e acredito que vale a leitura.
Disse o narrador da parábola “que sonhou em estar caminhando na praia com Deus. Ele conta que há dois pares de pegadas na areia, exceto nos períodos da vida repletos de sofrimento, dor ou fracasso. Nesses trechos, só há um. Sentindo-se abandonado, ele desafia Deus: “Por que, nas horas em que mais necessitava, você me deixou?”. E Ele responde: “Nos anos em que você só viu um par de pegadas, meu filho, era porque eu o carregava nos braços”.
Confia na dica e leia o livro. O nó na garganta é inevitável, mas ele vai te fazer bem.

Caminho aberto
Absolutamente ninguém que seja um estrategista eleitoral imaginaria que o caminho para a direita ganhar as eleições no ano que vem pudesse se abrir tão antecipadamente.
A pesquisa Genial/Quaest mostrou, na última quarta-feira, que a desaprovação do governo Lula segue alta e chegou aos 57% em maio. A aprovação está em 40%, o menor nível da série histórica.
O governo federal não mediu esforços ao lançar uma série de iniciativas: benefícios e isenções para motoristas de aplicativos, troca de dívidas de hospitais por atendimentos pelo SUS, aumento do Bolsa Família, isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês e outras tantas que, pelo que se vê, não estão surtindo o efeito esperado.

Caminho aberto II
Mesmo que, pela primeira vez em muitos meses, tenha havido uma queda expressiva na fatia da população que avalia que a economia piorou (56% em março, contra 48% em maio), a insatisfação com o governo se explica por outro dado interessante: o número de notícias negativas foi superior ao das positivas nesse período.
A corrupção, muito por causa do episódio dos roubos no INSS, contribuiu para que a população continuasse a avaliar que o governo Lula é decepcionante.
Aqui vai uma conclusão extremamente particular: a impressão que se tem do atual governo é que ele é infinitamente pior do que os governos Lula 1 e Lula 2.

Marola
Há um dado que chama a atenção na pesquisa Genial/Quest: 61% das pessoas entrevistadas afirmam que o Brasil está indo na direção errada, contra 32% que acreditam que estamos indo na direção certa.
Ou seja, as pessoas querem uma correção de rumo, e isso indica que uma reeleição petista não irá acontecer.
A direita tem todas as condições de realizar uma eleição histórica, tanto para o parlamento quanto para o executivo. Basta não fazer marola, mas é justamente aí que mora o perigo.

Marola II
Quando se diz que basta não fazer marola para vencer as eleições, prontamente se remete ao trabalho desempenhado por Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.
A inserção do deputado brasileiro em solo americano e o estilo de abordagem que ele tem feito nas redes sociais tem suscitado uma reação dos líderes de esquerda que, cientes das dificuldades eleitorais do ano que vem, encontraram um discurso sob a égide da “traição à pátria”.
Já são inúmeros os vídeos nas redes sociais publicados por quem defende o governo federal com esse tipo de conteúdo.
É preciso que a direita avalie o quanto o movimento realizado nos Estados Unidos é interessante para vencer as eleições contra um inimigo que, hoje, já se encontra em estado de putrefação.
 

Canto da beleza
Competente e de extremo bom gosto. A história construída pela arquiteta Andrea Guglielmi não deixa margem para discussão.
A foto acima é na Cidade do Cabo, África do Sul. 
A cidade, que é considerada por muitos como uma das mais belas do mundo, fica ainda mais linda com a presença da nossa conterrânea, vocês não acham?

Criminoso
“O problema da Unisul é que hoje ela é de uma empresa privada, uma empresa que visa lucro. Ela não é mais comunitária, ela não é mais nossa. Ela não é mais de Tubarão. As pessoas precisam entender isso”, pontuou o governador Jorginho Mello ao demonstrar que os alunos da Unisul não receberão os benefícios da Universidade Gratuita.
Eu já disse certa vez, mas nunca é demais repetir: não existe Operação Mensageiro, Operação Dark Shark ou qualquer outra investigação que pudesse ser tão nociva ao município quanto a quebradeira que patrocinaram na nossa universidade. A condescendência com a venda de quem a administrava e a omissão da administração pública, que tinha papel primordial na condução do processo, é intragável para qualquer cidadão que tenha o mínimo de carinho com a cidade. 
Aliás, a venda da Unisul é tão ultrajante que chama a atenção a inércia e a consequente permissividade do Ministério Público ao consentir que algo tão grave perdure no tempo sem que os envolvidos sejam devidamente responsabilizados.

Termas do gravatal
O comércio de Gravatal é reconhecidamente muito forte na nossa região e neste fim de semana, dias 6 e 7 de junho, muitas lojas estarão abertas até as 20h.
É o chamado “Termas Day”.
Parece que o que é rotineiramente criticado – horário de comércio normal em uma estância turística que clama por horários diferenciados – começa a ser considerado pelos lojistas locais.
A dica está dada e o bom passeio é garantido.

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