Depois de alguns anos discutindo causas ambientais, posso ser taxativo e concluir: o comando de uma secretaria do Meio Ambiente não pode estar nas mãos de um ambientalista.
A lógica é simples. Qualquer servidor conservacionista, inevitavelmente, olha o progresso como o inimigo a ser batido.
Não há dúvidas que o quadro técnico de um órgão ambiental é fundamental. Ele precisa existir e dar o equilíbrio nas decisões que forem tomadas, mas o comando deve estar nas mãos de quem não exclui o ser humano do contexto ambiental.
Temos historicamente a premissa de que, ao impedirmos o avanço imobiliário, estamos preservando, quando, no nosso país, se sabe que a proibição é alimento para que a corrupção se sobreponha às restritivas leis que tratam do meio ambiente.
Não é incomum notarmos pequenas residências sendo demolidas enquanto grandes empreendimentos contam com a condescendência do poder público, mesmo que, sabidamente, os danos ambientais sejam infinitamente superiores.
E é por motivos como estes que eu gostaria de saudar a indicação pelo prefeito eleito de Laguna, Preto Crippa, para a Fundação do Meio Ambiente: o professor Celso Albuquerque.
O novo presidente é engenheiro agrônomo e é pós-doutor em sustentabilidade ambiental.
E, convenhamos, sustentabilidade é justamente a palavra que se procura em gestores que possam ajudar o desenvolvimento do Sul do estado. Somos reiteradamente preteridos e vivemos uma realidade muito distante da que se usufrui na outra ponta do litoral catarinense.
A experiência que teve como secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável no governo de Carlos Moisés nos permite torcer por decisões que possam garantir o progresso com o devido respeito ambiental.
Pesar
Morreu Dalto Bardini, ex-presidente do MDB e um grande amigo. Convivi com o Dalto em um momento de transição do partido. Quando liderava o manda brasa, o fazia com muito apuro nas questões sociais. As conversas eram sempre em tom ameno e de muito aprendizado.
Dalto, com absoluta certeza, fará muita falta.
Mundo louco
Em 12 meses, até setembro, o governo entregou um déficit de 1,95%, o que significa gastos da ordem de R$ 223 bilhões.
Não há qualquer possibilidade do mercado se acalmar quando o próprio governo possui gastos tão significativos.
Agora, a histeria – para não chamar de torcida – sobre a possibilidade de o presidente falecer para aí então a Bolsa disparar e o dólar despencar chega a ser vomitivo.
Nossa sociedade está doente.
Errata
Na última semana escrevi a respeito da influência de Caio Torkaski ao indicar o seu irmão, Ciro Torkaski, para assumir a superintendência-geral da Agência de Regulação, a AGR.
Contudo, Ciro assumirá a superintendência de Planejamento. Um erro de nomenclatura que precisava ser corrigido.
Tempos normais
É praxe sentir alívio quando algumas situações voltam ao normal, e saber que mais de 98% das crianças catarinenses foram vacinadas contra o sarampo, a caxumba e a rubéola nos traz um certo conforto.
Ainda mais para um país que, nos últimos anos, viu resultados muito abaixo dos que o fizeram ser referência mundial no assunto.
Para se ter uma ideia, em 2022 nenhum estado havia alcançado a meta de vacinação. Neste ano, 22 dos 27 estados da federação aumentaram seus índices de cobertura vacinal significativamente.
Além de Santa Catarina, por exemplo, o Distrito Federal saiu dos 61% para incríveis 83%.
Questionar algumas coisas deveria ser proibido e a vacina é uma delas.
Sugestão
Pelo que ouvi de amigos no último fim de semana, será essencial que o prefeito eleito, Estêner Soratto, já no início da sua gestão, se debruce sobre os inúmeros termos de aditivos firmados nos últimos meses.
É de se arrepiar.
Empreendedorismo
Paulinha, Larissa, Kika e Joana. Esse é o quarteto que comanda a empresa de cerâmica Te.rrar e que nessa semana participa da 14ª edição do The House, um evento que reúne moda, network, experiências, tendências e, agora, cerâmica, no hotel LK Design em Florianópolis.
Em menos de dois anos da sua fundação, a Te.rrar já demonstra que veio para ficar.
Foguete não dá ré
Amigos Henrique Medeiros e Lucas Cadorin estiveram nas dependências do Grupo Primo, em São Paulo, e encontraram o ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
Gurizada está voando quando o assunto é empreender.
