Ao assistir ao filme “Argentina, 1985”, que trata dos excessos militares na Argentina, tive uma ponta de ciúmes de um país que, sabidamente, sempre foi mais politizado que o nosso. Reconhecer um período de ditadura e punir os responsáveis fez bem aos cidadãos argentinos.
Por aqui, mesmo cientes das atrocidades cometidas pela ditadura militar, nada aconteceu. Apesar dos fatos conhecidos, nenhum responsável foi levado a julgamento. Para alguns, inclusive, o golpe de 1964 não aconteceu.
O preâmbulo dá a dimensão do que estamos testemunhando agora. Submeter à Justiça integrantes das Forças Armadas é algo inédito no país. Histórico.
Ainda não li as 800 e tantas páginas do relatório da Polícia Federal, mas o pouco que consegui ler me permite formar uma opinião longe de qualquer viés político.
A quantidade de detalhes, provas, depoimentos e delações nos darão dois anos muito intensos. Dois anos porque, pela quantidade de indiciados, imagina-se que os julgamentos terão início apenas em 2026 e, até lá, muita água irá rolar.
Mas posso ser taxativo: não aconteceu um golpe de Estado apenas pela falta de apoio dos comandantes do Exército e da Aeronáutica. Se não houvesse a resistência, talvez eu não estivesse escrevendo essa coluna para você, meu querido e democrático leitor.
Malfadado (II)
Aliás, as informações que se pode extrair do relatório policial são assombrosas. O que se percebe nos diálogos e áudios juntados é que uma horda da população era tratada pelos militares como “malucos” e mantê-los nos quartéis reproduzindo teorias falsas sobre as urnas eletrônicas era essencial para o sucesso da operaçã
Com tantos detalhes expostos, quem continua a tratar os fatos como uma mera narrativa ou está mal- informado ou, simplesmente, é a mesma pessoa que teima em acreditar não ter havido golpe em 64.
Lula afunda
A história nos ensinou que os governos caem por suas dificuldades fiscais. Foi assim no fim do período militar. Foi assim também no governo Dilma.
Mesmo antes do anúncio do corte de gastos pelo Ministério da Economia, havia um consenso de que, apesar das muitas medidas consideradas corretas, elas seriam insuficientes para o tão desejado equilíbrio fiscal.
As dificuldades aumentaram quando o anúncio veio acompanhado de outra medida: a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.
O desajuste se explica de maneira simples: se corta gastos em valores próximos aos R$ 70 bilhões, porém se renuncia impostos em valores aproximados dos R$ 40 bilhões.
Lula afunda (II)
Obviamente, tal análise vem do mercado financeiro, que teima em jogar com a instabilidade. Assim como é consenso que as medidas adotadas pelo governo poderiam vir com ainda mais cortes nos gastos públicos, é inegável que há um encaminhamento para que haja uma justiça tributária nesse país.
Diferente do mercado, o cidadão comum identifica o ato como um auxílio ao menos favorecidos. Quem ganha mais, paga mais. Quem ganha menos, paga menos.
Esbanja
Ela é insuportável. O deslumbre, a cafonice, a necessidade de estar sempre onde não é chamada e o excesso de gastos públicos em supérfluos vai fazendo de Janja a figura mais antipática da república.
Há um ensinamento popular que diz que uma mulher pode colocar um homem para cima, mas também pode colocá-lo para baixo.
No caso da Janja, a segunda opção vem ganhando por larga vantagem.
Absurdo
Capivari de Baixo tem se notabilizado por estar reiteradamente nas páginas policiais e, novamente, recebeu a visita da polícia para, dessa vez, ver alguns dos seus estabelecimentos serem fechados por venderem carnes impróprias para o consumo.
Notem essa informação: segundo o promotor de Justiça Stefano Garcia da Silveira, foram fiscalizados todos os sete supermercados, atacadistas e mercados da região que possuem câmaras de congelamento ou resfriamento e apenas um supermercado, isso mesmo, apenas um supermercado não apresentou irregularidades.
Definitivamente vivemos em uma sociedade adoecida.
Triste
Não há palavra mais perfeita para definir o atual governo comandado pelo prefeito Jairo Cascaes do que “melancolia”.
A administração do Jairo não apresentou novas ideias ou novos projetos. Ela está sendo, tão somente, uma cumpridora de exigências burocráticas.
A cidade está empobrecida, malcuidada, triste e reflete bem o fim de um mandato para lá de melancólico.
Mudanças
Corre à boca pequena nos corredores do governo que o secretário de Infraestrutura, Jerry Comper (MDB), entrará em férias para não mais voltar.
No seu lugar, Carlos Chiodini, também do MDB, é o nome mais provável para assumir a pasta.
Como o vinho
Michele Rosa não só continua muito bonita, como também nos brinda com muita elegância. Desfrutem!
Gabira
Deu o que falar a festa do querido amigo Eduardo Ribeiro, o Gabiru.
Festejado e adorado por todos, Gabira conseguiu reunir amigos que fizeram parte da sua vida e pôde curtir uma noite que, para ele, ficará guardada na memória para sempre. Felicidades!!!