A montagem é assinada pelo coletivo Atrapatrupe. Primeira apresentação será amanhã, com ingressos gratuitos
Há mais de 15 anos, o coletivo florianopolitano Atrapatrupe espalha a arte da palhaçaria por onde passa. Desta vez, o grupo desembarca em Imbituba para a primeira circulação do espetáculo “Desencaixe”.
Em Imbituba, as apresentações serão amanhã, às 19h, e no sábado, às 20h, todas no Teatro Usina. O evento terá ingressos gratuitos, com distribuição uma hora antes do início do espetáculo.
Com classificação indicativa a partir dos 12 anos, o espetáculo “Desencaixe” começou a ser concebido após o período de maior restrição pela pandemia do covid-19. Naquele período, o isolamento das integrantes do coletivo inspirou ideias que surgiram com a necessidade de percorrer as ruas da cidade.
O resultado começou a surgir nos primeiros encontros. “Fomos ensaiar e a primeira ação foi uma intervenção em bairros de Florianópolis. Saímos pelas ruas como palhaças-pesquisadoras do Instituto Mudanças, perguntando para as pessoas: ‘Como lidar com os seres humanos?’. A gente entrevistava e as pessoas entravam na brincadeira”, relata Gabriela Leite, uma das atrizes da companhia, que interpreta a palhaça Flor.
Espetáculo
Como resultado desta inusitada pesquisa, as duas palhaças compuseram o texto de “Desencaixe”. O espetáculo, portanto, traz uma apresentação sobre as conclusões dessa pesquisa.
A direção é de Egon Seidler, que também foi responsável pela dramaturgia ao lado das atrizes Gabriela Leite e Lidiane Cunha. A trilha sonora foi composta por Cassiano Vedana.
Já a estética da apresentação tem figurinos de Ana Pi, costuras de Geise Luiz, cenografia feita por Rica Lisboa e iluminação feita pelo próprio diretor do espetáculo. A parte técnica de luz e som é realizada por Márcio Momesso.
Este projeto foi selecionado pelo edital da Lei Paulo Gustavo. Portanto, a iniciativa é executada com recursos do governo federal, por meio da Fundação Catarinense da Cultura (FCC).
Apresentação será realizada com intérprete
Todas as apresentações do projeto contam com acessibilidade em libras. Também foram contatadas associações de surdos, grupos de idosos e a secretaria de EJAs em cada município, para a reserva de lugares.