Um homem que, segundo o Ministério Público, atuava como padre no Sul do Estado foi condenado a 28 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de estupro de vulnerável, cometido quatro vezes. A vítima tinha nove anos na época do crime. A decisão foi proferida pela 2ª Vara Criminal da comarca de Tubarão, após denúncia do MP, por meio da 1ª Promotoria de Justiça do município.
Conforme a denúncia do MP, os crimes teriam ocorrido em 2012, em cerca de quatro ocasiões distintas, em um período de aproximadamente três meses. Os atos ocorreram durante as aulas de violão que o réu ministrava à criança na sala de catequese.
A vítima só contou o caso à família prestes a completar a maioridade, quando o tema da violência sexual foi abordado na sala de aula em que estava, o que lhe originou uma crise de ansiedade. Também como consequência dos crimes sexuais, a vítima deixou de frequentar a igreja. O homem já havia sido condenado pelo mesmo crime, também tendo menores de idade como vítimas, em outros estados onde foi pároco, informou o MPSC.
A Diocese de Tubarão divulgou uma nota se manifestando sobre a condenação. “A Diocese de Tubarão esclarece que tal pessoa condenada não faz e nunca fez parte do clero desta circunscrição eclesiástica. Pelo que se apurou, através da mídia, a referência a Tubarão decorre do fato de a pessoa ter fixado residência na cidade, mas, frise-se, onde nunca teve ofício eclesiástico e nem exerceu o ministério sacerdotal. Essa nota visa corrigir quanto ao envolvimento equivocado de algum padre como se fosse incardinado nesta diocese, o que não é verdade”, informa a nota da Diocese.