Apesar das conquistas, mais mulheres são vítimas de violência
A Polícia Civil de Tubarão já requereu, somente nos dois primeiros meses deste ano, 100 medidas protetivas de urgência para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
O dado representa um aumento de 12% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando 89 medidas foram requeridas. Os números foram divulgados pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami) de Tubarão a pedido do DS.
Durante todo o ano de 2023, foram requeridas 524 medidas protetivas na Cidade Azul. Já o número de boletins de ocorrência que citam algum tipo de violência doméstica e familiar contra a mulher chegou a 1.499. Nos primeiros dois meses deste ano, já foram 263 registros.
Segundo o delegado responsável pela Dpcami de Tubarão, Lucas de Sá Rezende, os casos mais recorrentes são de crimes contra a honra, ameaça e lesão corporal, muitas vezes ocorridos dentro da casa da própria vítima.
Os tipos de violência contra a mulher são distintos, como física, psicológica, sexual ou patrimonial. Por esse motivo, o delegado fala sobre a importância da denúncia para “tentar cessar o ciclo que envolve a violência doméstica e familiar contra a mulher, com a intervenção do Estado, para a punição e tentativa de ressocialização do agressor”.
Os números de Tubarão também refletem o problema na região. Somente nesta semana, por exemplo, o DS trouxe ao menos quatro notícias sobre algum tipo de violência contra mulheres de cidades próximas.
Na segunda, uma grávida de quatro meses foi agredida pelo marido em Braço do Norte. Na terça, outra moradora da mesma cidade acionou a PM após ser ameaçada com uma arma pelo próprio filho.
Na quarta, um homem foi condenado por perseguir e ameaçar a ex, em Orleans. Ainda nesta semana, um homem foi preso após agredir a companheira, de 34 anos, no bairro São Martinho, em Tubarão. O filho da vítima, de 13 anos, que está com o pé quebrado, pegou uma muleta e atacou o padrasto, fazendo com que a mãe conseguisse fugir e pedir ajuda.