Aos 26 anos, e no mundo da dança há 18, o bailarino, coreógrafo e professor Alex Martins, de Capivari de Baixo, prepara-se para mais um grande passo em sua carreira já tão cheia de conquistas: ele ministrará um workshop de dança contemporânea para o público infantil em julho, no Festival de Dança de Joinville.
No ano passado, Alex levou dois de seus alunos para a competição no festival - considerado o maior do mundo em número de participantes. Ele foi responsável por trazer para sua cidade e para a região o Prêmio de Melhor Bailarina – Meia Ponta, pelo trabalho de dança contemporânea realizado com a bailarina Sara Manoel de Souza, das oficinas de balé e jazz do Parque Diamante + Energia – onde é professor. “Este foi um marco para todos nós, já que é a primeira bailarina da região que conquista este título”, comemora. O outro aluno ficou em segundo lugar em outra categoria.
“Por conta do resultado com a Sara, temos vaga garantida para este ano. E nestes dois últimos anos, a região foi representada por nós. E neste ano será mais um marco para todos. Será a primeira vez que um coreógrafo da região irá ministrar um curso no festival. E foi por conta deste primeiro lugar da minha aluna no ano passado que recebi o convite”, orgulha-se.
O workshop, intitulado “Dança Contemporânea com o Público Infantil”, acontecerá no dia 24 de julho e as inscrições podem ser feitas pelo site oficial do Festival de Dança de Joinville.
Amor pela dança e a vitória ao preconceito
Alex Martins iniciou seus estudos de dança aos oito anos, em Tubarão. Já estudou balé, jazz, dança contemporânea e danças urbanas.
Como ensaiador e coreógrafo, teve seus trabalhos premiados em importantes festivais nacionais e internacionais. Foi através dele também que um dos seus alunos conseguiu bolsa para estudar dança na Europa.
Em 2022, ministrou cursos na Argentina e hoje tem seu trabalho voltado aos projetos sociais do parque Diamante + Energia, em Capivari de Baixo.
O amor pela dança e a realização pessoal e profissional nortearam a vida de Alex, que não mediu esforços para ter o sonho realizado.
“Eu descobri a dança na escola, na Bertoldo Zimmermann, na Madre, em Tubarão. Vi minha irmã dançando e gostei, e logo depois entrei no balé. Na adolescência sofri preconceito por parte de colegas, que riam de mim e me afastei da dança. Mas foi por pouco tempo, já que me fez muita falta e descobri que era isso mesmo que queria seguir. Então, retornei. Cheguei a prestar vestibular para medicina, mas desisti porque vi que era a dança que eu realmente queria e que me realiza”, conta Alex.