A pandemia da covid-19 causa impacto devastador, também, na educação. A evasão escolar - que custa mais para a sociedade (R$ 372 mil por jovem ao ano) do que mantê-lo estudando (R$ 90 mil), segundo o Insper - aumentou no Brasil, de 1,4 milhões de estudantes (antes da pandemia) para 5,5 milhões, segundo o Unicef.
Na rede municipal de ensino de Tubarão, a evasão diminuiu de 122 estudantes, em 2019 (antes da pandemia), para 37, que não entregaram as atividades escolares, em 2020 (ano da pandemia), e se busca zerar.
Os estudantes que tiveram muitas dificuldades para aprender no ano de 2020 - devido à escolas fechadas, ausência de internet e de estímulos das famílias - conseguirão em 2021?
Eles têm oportunidades de aprendizagem que não tiveram no ano de 2020:
1. Aulas presenciais e em novo formato - conteúdos abordados a partir dos pré-requisitos e dos conceitos prévios dos estudantes (para transpô-los aos científicos), dando ênfase ao que é estruturante.
2. Planejamento coletivo dos professores - evoluiu de bimestral/presencial para mensal/virtual.
3. Currículo enxuto - permite ao professor dedicar mais tempo aos conteúdos essenciais.
4. Sucesso Na Escola, Na Vida e No Trabalho - por meio da revitalização dos principais fatores que influenciam a aprendizagem.
5. Jornal na sala de aula - objetiva desenvolver o necessário gosto pela leitura e tornar os conteúdos mais significativos por meio da problematização com fatos atuais e do contexto do estudante.
6. Monitoramento diário dos principais indicadores educacionais e Rede de Proteção – para fortalecer o vínculo do estudante com a escola.
7. Reforço no contraturno – duas vezes por semana, para todos os estudantes do 2º ao 9º ano do ensino fundamental, com média inferior a 7 (sete) em Língua Portuguesa e Matemática.
8. Reforço na base da aprendizagem:
a) Orientar gestantes sobre como estimular os filhos desde a fase pré-natal (em estruturação);
b) Distribuição de livros e treinamento para professores, pais e crianças do pré-escolar II;
c) Curso “Tempo de Aprender”, em parceria com o Ministério da Educação, para professores do pré-escolar, 1º e 2º anos do ensino fundamental.
9. Acelerar o futuro:
a) Inclusão digital de todos os estudantes (distribuição de tablets e chips, no segundo semestre);
b) Alta tecnologia (Geração 2050) para alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental, em convênio com o Senai.
10. Prova Tubarão – semestralmente, para estudantes dos finais dos ciclos, com o objetivo de detectar fragilidades no ensino e na aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, para saná-las, visando, também, a Prova Brasil e o PISA;
A pandemia de covid-19 impôs múltiplas perdas, mas oportunizou aprimorar processos e procedimentos. Legaremos um novo e promissor futuro para esta e para as próximas gerações.