Hoje é o Dia Mundial da Saúde Mental, importante iniciativa global endossada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que trabalha ativamente na conscientização sobre a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental.
A professora da UniSul e doutora em Ciências da Linguagem, Dâmaris de Oliveira Batista da Silva, alerta sobre um tema bastante conhecido e que está diretamente associado a essa problemática: o burnout, síndrome relacionada ao esgotamento profissional e emocional do indivíduo.
Com diversas causas, o burnout pode variar de pessoa para pessoa. De acordo com a professora, dentre as principais estão a sobrecarga de trabalho, falta de apoio emocional e profissional, urgência por resultados e falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. “É importante ressaltar que essas causas vêm muitas vezes acompanhadas de um ambiente e cultura organizacional desfavorável, que negligencia a saúde mental dos funcionários e contribui para o desenvolvimento desses sintomas’’, explica Dâmaris.
Os sintomas do distúrbio podem se manifestar de diversas maneiras. Para a professora, é importante que a pessoa esteja atenta aos sinais e busque ajuda profissional para evitar complicações. “É comum que o indivíduo comece a se sentir exausto, com um cansaço, esgotado emocionalmente, sem foco, descrente em suas capacidades laborais e com perda do rendimento profissional. Esses sintomas, junto a outros, como indiferença às tarefas e pessoas que o cercam, podem se agravar e desencadear um quadro mais grave, com impacto à vida cognitiva, emocional e social, por isso, o alerta à importância de um acompanhamento psicológico’’, ressalta a especialista.
Tratamento adequado
O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui a psicologia, orientação profissional e mudanças no estilo de vida, que promovam o bem-estar. ‘’É importante que trabalhadoras e trabalhadores entendam que eles não estão sozinhos, e que nós, profissionais da saúde, estamos à disposição.
