Ao lado dos pais Layse e Mateus, criança voltou ontem a Tubarão, após passar por procedimento médico na Itália
Opequeno Lucca, de cinco anos, retornou ao Brasil ontem junto aos pais, Mateus e Layse Lole, após dois meses em Florença, na Itália. Lá, o menino vivenciou mais um grande milagre em sua pequena, mas muito forte, história de vida. A família mora em Tubarão e agora já está em casa, se recuperando perfeitamente.
Logo que a família desembarcou em solo italiano, Lucca foi direto para o hospital para ser internado. Lá iniciou os exames pré-operatórios para que fosse possível passar pelo procedimento de reconstrução intestinal com técnicas avançadas, uma especialidade do médico e professor Antonino Morabito, um dos melhores médicos do mundo nesta área.
Segundo a avó do menino, Tânia Wensing Lole, desde que nasceu, Lucca passou por duas cirurgias de alongamento de intestino no Brasil, que melhoraram a qualidade de vida dele, mas que não garantiram o funcionamento correto do órgão.
“Antes desses procedimentos, Lucca tinha diarreia e vômitos diariamente, o que fez ele ficar, até três anos praticamente, no hospital, porque tinha risco de desnutrição e desidratação”, lembra.
Na luta incansável em encontrar melhores alternativas e qualidade de vida ao pequeno, os pais se dispuseram a enfrentar um novo desafio: ir para a Itália no Hospital Meyer fazer uma nova intervenção cirúrgica intestinal.
“Lucca é uma criança forte e seu intestino foi reconstruído com êxito. Aos poucos o intestino dele vai se adaptar e recuperar a funcionalidade. Não são em dias que se adapta, levará alguns meses, mas sua melhora nos resultados de exames e sintomas já são vistos”, comemora a avó.
Tânia conta que Lucca vive milagres desde seu nascimento, e esta cirurgia certamente foi mais um. “Desde que nasceu, sua vida foi de muitas lutas vencidas bravamente. Esta é mais uma. O Lucca levou 600 pontos na barriguinha, mas a gente olha pra ele e é como se não houvesse acontecido nada. Está feliz e forte”, reforça.
Hospital é centro de referência
“O Hospital Meyer é o primeiro centro da Europa com o maior número de pacientes tratados cirurgicamente com a síndrome de intestino curto e o Centro de Reabilitação e Reconstrução Intestinal, tratando 10% dos casos internacionais. Mais de 100 pacientes operados por essa síndrome rara: metade deles pode passar agora sem nutrição pela veia, dispensando os riscos do cateter central e vivendo mais próximo a uma vida comum”, pontua a avó de Lucca, Tânia Wensing Lole.