Depois de quase um ano sem aulas presenciais com os alunos nas escolas públicas catarinenses, o dia 18 de fevereiro de 2021 (hoje) vai marcar o retorno de estudantes às unidades da rede estadual de ensino.
Novas regras de convívio para prevenção da covid-19 foram estabelecidas, e o ensino remoto continuará sendo uma opção para os pais que preferirem manter os filhos em casa.
Para atender pais e alunos tanto do ensino presencial quanto do remoto, as escolas da rede estadual de ensino passaram por uma série de adaptações e reforços dos protocolos de prevenção à covid-19. As atividades serão desenvolvidas em modalidades 100% presenciais, mistas e 100% remotas.
O maior número de alunos terá aulas no modelo misto, com alternância dos grupos que frequentam a escola, sendo dividido em dois momentos: o “tempo escola”, que consiste no atendimento presencial na unidade escolar, com turmas subdivididas em grupos; e no “tempo casa”, que consiste em atividades na plataforma digital Google Classroom ou por meio da retirada das atividades impressas.
“Estamos trabalhando para garantir uma retomada presencial segura e democrática, baseada em três pilares: estrutura física, de pessoal e equipamentos de proteção individual. Se em alguma escola essas três condições não forem atendidas, naquela unidade o retorno será no modelo remoto”, explica o secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro.
Sinte fala sobre o retorno às aulas
De acordo com a representante do Sinte/SC em Tubarão, Tânia Fogaça, as condições de estrutura das escolas não estão preparadas para o retorno das aulas presenciais. “Há escolas que não têm servente, logo quem vai fazer a faxina e a higienização?”. Além disso, ela acredita que o ensino totalmente remoto deveria permanecer até junho. “É um risco para todos esse retorno. A vacina já foi aplicada em todos os grupos de risco da comunidade escolar? Não.
Colocaram a educação como serviço essencial, mas na hora da vacinação não somos prioridade. Sem contar o fato de estarmos na linha de frente. Há professores que trabalham em duas, três escolas. Agora, imagina o risco para esse docente ao estar em salas de aula com crianças, adolescentes e jovens. O risco aumenta. Ainda mais nesse momento que não se tem controle, não se testou como deveria e não tem vacina para todos, e em SC está lenta demais. Na vacinação, estamos atrás de um monte de gente que vai ficar resguardada em casa, estão imunizando diversas camadas de pessoas. E as pessoas que vão ficar resguardadas serão vacinadas primeiro, mas nós estamos na linha de frente”, ressalta.