Três obras serão exibidas nas cidades de Gravatal e Tubarão e fazem alusão ao Dia da Consciência Negra
Em alusão ao mês da Consciência Negra, o Cine Desvioz exibirá filmes que abordam questões étnico-raciais, em sessões gratuitas. Hoje será a vez de Gravatal. No dia 21 será em Tubarão.
Serão apresentadas três obras em cada encontro, entre as quais “Antonieta”, um curta documental sobre a professora catarinense Antonieta de Barros, primeira mulher negra a assumir um mandato popular no país. Outros dois curtas, “A morte o feiticeiro negro” e “Solmatalua” completam a programação.
Em Gravatal, os filmes serão exibidos no Ecopark Termas às 18h30, e serão seguidos de debate.
Já em Tubarão o encontro ocorre no Museu Ferroviário, às 19h, também com debate após as exibições.
O Cine Desvioz é um cineclube itinerante criado por um coletivo de produtores culturais de Laguna que está levando cinema de graça a cidades da região Sul catarinense. O objetivo é democratizar o acesso a filmes nacionais para além do circuito comercial e fomentar discussões e reflexões coletivas a respeito de temas sociais tratados nas obras.
Idealizado e executado pelo Desvioz Produções, o Cine Desvioz é realizado com recursos provenientes do Prêmio Catarinense de Cinema, edição Paulo Gustavo 2023, por meio da Fundação Catarinense de Cultura e Governo do Estado de Santa Catarina.
O projeto iniciou em maio deste ano e segue até o mês de dezembro. Ao todo, o cineclube realizará 10 sessões presenciais gratuitas.
Antonieta
Antonieta de Barros (1901-1952) foi professora, cronista e feminista. Em 1935, tornou-se a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no país.
O curta documental Antonieta, da cineasta Flávia Person, emociona e informa. Esse é o segundo filme do projeto Curta Mulheres, que traz um curta-metragem por semana ao longo de 12 meses. Todos dirigidos por mulheres nos últimos cinco anos. São, ao todo, 52 filmes de diretoras de todo o país.
Resistência
O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é um feriado nacional celebrado em 20 de novembro e foi instituído oficialmente por lei. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Atualmente existe uma série de estudos que procuram reconstituir a biografia desse importante personagem da resistência à escravidão no Brasil.
A escolha do 20 de novembro aconteceu no contexto de declínio da Ditadura Militar e de redemocratização do país.