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Braço do Norte registra acidente com escorpião

Aumento no número de casos é esperado durante os meses mais quentes

19/02/2025 06:00|Atualizada em 19/02/2025 11:47|Por Redação

O calor e a umidade elevada contribuem para o aumento de incidentes com animais peçonhentos, especialmente os escorpiões, que se tornam mais ativos nessa época. 

Dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mostram que, apenas entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro, foram atendidos 82 casos de acidentes envolvendo escorpiões no estado. Um deles foi em Braço do Norte. 

A bióloga Taciana Seemann, do CIATox/SC, explica que o aumento no número de casos é esperado durante os meses mais quentes e chuvosos. “Neste período, os escorpiões estão mais ativos e têm maior oferta de alimento, o que aumenta a probabilidade de encontros com humanos”, afirma. A especialista destaca que, embora a maioria dos acidentes não seja grave, é preciso estar atento às espécies de maior importância médica.

“No nosso estado, os escorpiões de maior importância médica são da espécie escorpião-marrom (Tityus bahiensis), com sete casos registrados em 2025, e o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), com cinco casos até o momento”, relata Taciana. 

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Cuidados 

Ela ressalta que o escorpião-amarelo, embora não seja nativo da região sul, tem se proliferado devido à sua capacidade de se adaptar a ambientes urbanos, como galerias de esgoto e locais semelhantes onde encontra abrigo, água e alimento como baratas, além de conseguir se reproduzir de forma assexuada, sem a necessidade do macho. Dentre as espécies de escorpião encontradas em Santa Catarina, o escorpião-amarelo é o mais perigoso.

Dos 82 atendimentos registrados no CIATox, 25 envolveram a espécie Tityus costatus, conhecida popularmente como escorpião-marrom ou manchado. Essa espécie tem grande distribuição, principalmente nas regiões do Meio-Oeste, Oeste e Serra Catarinense. 

Embora não cause acidentes graves e seja considerada de menor importância médica, no Sul do Brasil, o “Tityus costatus” apresenta uma coloração mais escura, ficando muito semelhante ao escorpião-marrom (Tityus bahiensis), também conhecido como escorpião--preto, este sim considerado perigoso.

Os demais casos foram identificados apenas pelo gênero Tityus (21) ou não foi possível determinar a espécie de escorpião envolvida (24). Durante esse período, não foram registrados casos graves, e, ao longo dos 40 anos de funcionamento do CIATox/SC, não houve óbitos relacionados a acidentes com escorpiões.

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