Caso teria sido registrado na partida entre Tubarão e Juventus, no domingo
O empate de domingo entre Tubarão e Juventus não representou apenas a eliminação do Peixe na segunda fase da Série B do Estadual. Após o apito final, o árbitro Willian Machado Steffen relatou ter sido ofendido e ameaçado por dirigentes do clube, que precisarão se defender das acusações.
O relato, citado em uma atualização da súmula do jogo feita na tarde desta segunda-feira, traz uma série de palavrões e ameaças que teriam sido proferidas pelo conselheiro Rafael de Campos Alves e pelo presidente José Martins Ribeiro. Rafael teria, inclusive, obstruído o portão de saída do estádio Domingos Gonzalez, impedindo que o árbitro deixasse o local. “Foi criado um verdadeiro cenário de guerra”, diz o texto.
Segundo o árbitro, o conselheiro Rafael teria dito “seu ladrão, você nos roubou, vocês não vão sair daqui hoje. William, você é um safado, merece apanhar”.
“Ele mencionava várias vezes que merecíamos apanhar, incitando a violência naquela ocasião. Informo ainda que, ao sermos trancados no interior do estacionamento, várias outras pessoas não identificadas vieram correndo ao redor do meu carro e dos carros dos demais membros da equipe de arbitragem, fazendo ameaças e ofensas, criando um clima hostil. Inclusive foram desferidos alguns golpes contra meu veículo”, relata o árbitro.
A partida terminou empatada em 1 a 1 e o Juventus avançou por ter vencido o duelo de ida. As semifinais da segundona terão dois confrontos: Santa Catarina x Camboriú, e Caravaggio x Juventus.
Reclamação
Ainda nesta segunda, o Peixe divulgou uma nota protestando contra a arbitragem. O clube reclama de três lances em que teria sido prejudicado: um gol anulado e dois pênaltis não marcados. O Tubarão também afirma que membros da equipe de arbitragem teriam debochado quando questionados sobre os possíveis erros na partida. O Peixe não se manifestou sobre as acusações apontadas na atualização da súmula feita pelo árbitro William Machado Steffen.