18 DE OUTUBRO DE 2024
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RAMIRES LINHARES

26/07/2024 06:00

Metade

Bom dia, boa tarde, boa noite, conforme a ocasião.

Quem passou dos cinquenta, começa a ter a sensação de que já viveu mais do que ainda lhe resta para viver. Não é nem sensação, é matemática mesmo.

Sobre isso, o escritor Mário de Andrade escreveu uma ótima crônica, um texto sensacional que reflete exatamente o que eu, pelo menos, tenho pensado. Segue-a:

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. 

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena. E, para mim, basta o essencial!”


Sobre estar vivo

“Eu percebo que se eu fosse um cara estável, prudente e estático, viveria em um estado de morte. Portanto, eu aceito a confusão, o barulho, a incerteza, o medo e os altos e baixos emocionais. Este é o preço que estou disposto a pagar por uma vida fluida e excitante”. Carl Rogers (1902-1987), psicólogo americano.

Tataravô

O Clebinho chegou em casa e conversou com a mãe: 
- Mamãe, o Pedrinho me disse que tem um ta-ta-ta-ta-ta-ravô. 
A mãe respondeu: 
- Esse Pedrinho é um mentiroso, meu filho. 
E o Clebinho retrucou:
- Não, mãe, é que ele é gago.
 

Dehon

Em julho de 1903 chegaram ao Brasil, via Desterro (Florianópolis), os dois primeiros religiosos da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, fundada pelo padre Leon Dehon, na França, em 1878. A vinda dos padres dehonianos para o Brasil teve a mão de um influente líder da igreja que atuava em Tubarão, o padre Francisco Xavier Topp, também responsável pela vinda para cá das Irmãs da Divina Providência. Em 1947, após muito trabalho na região nas áreas social e da educação, os dehonianos fundaram, em Tubarão, no dia 24 de junho, o Colégio Sagrado Coração de Jesus, hoje Colégio Dehon. Esta semana, o presidente da InoversaSul, professor Valter Schmitz, recebeu um presente que lembra a congregação idealizadora do colégio, um quadro do artista plástico Cezar Meneghel, com a imagem do Sagrado Coração de Jesus. A obra sacra vai fazer parte do acervo artístico da fundação que hoje administra o Colégio Dehon.
 

Galeto Solidário

Os membros do Rotary Club de Tubarão Sul já estão preparando mais uma edição do Galeto Solidário, que acontece em setembro. Esta semana conquistaram, mais uma vez, o importante apoio do Grupo Giassi, em encontro com o diretor Osni Giassi. 
 

Craque

O habilidoso jogador de futebol, o flamenguista João Lucas Fernandes, do qual a gente ainda vai ouvir falar muito, celebrando seus nove anos com os pais, Samir e Samile.


Frase solta, que deveria estar presa:
“Viver sem ler é perigoso, te obriga a crer no que te dizem”.

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