Grande é o risco de navegar em mar revolto, principalmente se as embarcações não estão devidamente adequadas ou se seus comandantes pouco conhecem desta arte. Nessas horas a regra é clara: lançar as âncoras e aguardar a bonança. Então, equipar-se bem, treinar, dar segurança à tribulação, garantindo retorno com pesca abundante, é a lição. Assim age o governo em meio às turbulentas investidas em relação à enxurrada de benefícios para dar sustentação aos projetos de envergaduras respaldados no arcabouço fiscal. Para prosperar é necessário que ações firmes saiam do papel. Algumas simples, como a cobrança de mensalidades das federais a alunos de famílias abastadas, revisão de benefícios da pandemia e que persistem, mesmo após a Organização Mundial da Saúde conclamar que está sob controle, e, principalmente, os bens mais impactantes que ferem os princípios ou interesses oficiais. Tem ainda os remadores engendrando surfar as ondas que encobrem a arca do tesouro para abastecer as bases permanecidas em solo.
Equilíbrio fiscal
No balanço do mar alguém grita: vamos furar o teto e subir! Mas para onde, se não há andar e o céu com tempestade se armando é o limite? Na verdade, a estratégia cai por água se não houver receita suficiente para atender as demandas. Ouve-se da proa uma voz tranquilizadora de que as tratativas caminham em sintonia com o Congresso. Mas se São Pedro não der uma forcinha, as despesas não caem. No horizonte a expectativa do vento novo da reforma tributária. Seria o equilíbrio fiscal? Lóbis lutam pela redução das alíquotas, outros pela exclusão da lista do imposto do pecado (os que prejudicam a saúde, meio ambiente...) e governo nenhum abre mão de receita. Um samba do crioulo doido. Na ânsia de retornar ao porto para negociar com o irrequieto grupo que está prestes a entrar em recesso, corre-se o risco de trocar do cardápio bacalhoada por sardinha enlatada.
Atenção aos golpes
A disseminação de fraudes pelas formas pessoais ainda persiste, por incrível que pareça, a exemplo da compra de determinado bem, metade na entrada e promessa da outra em momento seguinte; na boa-fé o sujeito fecha o negócio e o restante nunca chega. Resultado: venda pela metade. Tem a do bilhete premiado, onde o olho gordo do ganho fácil leva o indivíduo a entrar numa canoa furada, perdendo até os centavos da conta bancária. Mas a malandragem não dorme de touca, evoluiu passando pela ligação telefônica, pelas mídias sociais - pela internet. E dá-lhe golpe a usurpar o pouco que o trabalhador recebe com tanto suor, tirando-lhe o sono e o sonho.
Armadilhas
Diante dos fatos, a Polícia Civil de SC está disponibilizando uma cartilha explicativa (2ª edição) alertando a população para proteger-se das “pernadas” desses estelionatários. Intitulada de “O golpe tá aí – cai quem não se informa”, disponível no site da entidade. Então, muito cuidado com as pegadinhas, verdadeiras armadilhas para curiosos sem conhecimento. Proteja-se!
Refletindo
“Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários”. Santa Paulina, celebrado em 9/7. Uma ótima semana!