Quando se questiona quais reformas são prioritárias ao país, muitos enumeram: tributária, administrativa, previdenciária, do Judiciário, e poucos falam da reforma política. Todas com seu grau de importância, até a consolidação do propalado estado democrático de direito. Tratando pela ordem inversa, a menos solicitada, sem dúvidas, a mais necessária. Espelhe-se no desenrolar do que envolve política, e com maior alcance e clareza no período eleitoral. As regras como voto de legenda, quantidade de cadeiras e seus respectivos candidatos, assessores, enxurrada de partidos, fundos financiadores e tantas outras questões empurradas às margens, que sequer são discutidas, mas refletem substancialmente na vida das pessoas e no futuro da terra em que habitam. Enquanto os que lá se encontram não se interessam, os representados amargam as consequências.
Página virada
O vale-tudo, para alguns, nos debates na mídia tradicional, no cara a cara e, principalmente, os enrustidos nas redes sociais, estampou o grau de conhecimento e também o nível de caráter dos pseudoinfluenciadores. Na verdade, o resultado de plantar fake news e pagar para ver só prejudica e as urnas não mentem. O percentual de abstenções, próximo a um quarto do eleitorado, significa dizer que muitos não quiseram ou não puderam exercer a cidadania. Os campeões das reclamações.
Controle do caixa
O raio-X da situação financeira do Paço municipal é o eixo principal das preocupações. Entretanto, o sucesso ou fracasso da futura gestão se dará pela composição do quadro de pessoas que ocuparão as funções diretivas e gerenciais. O maior pecado está no atendimento à expressiva votação, melhor aquinhoado, padrinho influente, deixando em segundo plano conhecimento, ética e profissionalismo comprometido. O ditado já diz: “Depois do mal feito, chorar não é proveito”.
Tributária na pauta
O fim do primeiro turno não garante a elevação da frequência em Brasília. Parlamentares, independentemente das eleições, seguirão em suas cidades, demonstrando a importância, através dos fundos eleitoral e partidário. O grosso das discussões ficará mesmo para novembro e concentrado para aprovação da reforma tributária. Isso dará “pano pra manga”, pois as discussões divergem. Em alguns setores, governo e indústria falam em reduções da carga tributária, enquanto comércio e serviços afirmam o contrário. Com a página virada das eleições, sobra tempo para discussões mais produtivas.
Refletindo
“Lembre-se de recolher as armas e concentrar-se na união, pois a batalha terminou”. Uma ótima semana!