28 DE SETEMBRO DE 2024
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MILTON ALVES

25/06/2024 06:00

Peças no tabuleiro

Como deixou nas entrelinhas na edição de ontem o amigo e vizinho de coluna, Matheus Madeira, as peças do tabuleiro podem ainda não estarem totalmente definidas, todavia os indicativos sobre as principais jogadas estão ficando claros e, se considerarmos o movimento feito no último sábado, quando Deka May e o deputado Estêner Soratto foram prestigiar uma entrevista concedida pelo pré-candidato Jair Tártari ao jornalista Haroldo Dura, é possível imaginar, sim, que neste jogo de xadrez em que possivelmente se transformará em outubro próximo a eleição para prefeito de Tubarão, de um lado da mesa estejam juntos PL, MDB e União Brasil.

O sujeito oculto 

E na análise subjetiva, mas muito bem arguida pelo astuto Matheus Madeira, ainda temos o elemento alternativo que o colunista - coincidentemente posicionado pela editoria à minha “esquerda” - resolveu dar o nome de “sujeito oculto”, que mesmo não comparecendo ao encontro de sábado, existe e se chama PSD. Aliás, Matheus também é bastante verdadeiro quando defende que diante de uma iminente união, PL, MDB e União Brasil torceriam para poder também contar na coligação com o partido de Jairo Cascaes. 

Voo solo e os adversários

Só não concordo com Matheus quando ele enxerga o PSD disputando o pleito em chapa pura com Denis Matiola e Luciano Menezes. O PSD (isso é minha opinião) não vai para este jogo suicida, em hipótese alguma. Considerando que o PSDB de Carlos Stüpp e o PP do médico Jean Abreu Machado estejam realmente juntos, enfrentar as duas composições e mais a esquerda em torno da candidatura petista de Maristela Francisco é dar bola para o azar. A não ser que o PSD desmonte algumas das composições já alinhavadas e forme sua própria coligação com alguns destes partidos.

Outro caminho

A verdade é que o PSD, e Matheus Madeira parece que não quis citar, ou não detectou isto, está meio que numa “sinuca de bico”, vendo que a cada dia que passa já não consegue mais ser o par perfeito de meses atrás. Pra namorar até tem quem quer, mas para casar já não atrai tanto assim. A verdade é que o partido jogou pesado na última janela partidária; perdeu dois fortes integrantes, com um deles virando candidato à majoritária em outra sigla, e talvez não tenha medido, com exatidão, o desgaste que a gestão Jairo tende a ter em consequência de vários fatores, entre os quais o atraso das obras. E ano eleitoral é complicado, pois as cobranças aumentam, e muito. Portanto, se é para se jogar no precipício de uma campanha suicida, então que dê um passo para trás, reflita e busque o caminho menos dolorido, já sabendo que para o lado que for, pode perder a condição de protagonista. Se já não perdeu.
 

Diário do Sul
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