28 DE SETEMBRO DE 2024
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MILTON ALVES

18/06/2024 06:00

O retrato da vergonha

Se o sujeito que fez isso, alguém que possivelmente se considera um “cidadão”, mesmo passando longe de ser, não tem nenhuma vergonha de transformar a frente da casa dos outros, ou espaços públicos, em depósito de lixo ou entulhos, eu tenho ojeriza de conviver com gente assim, desrespeitosa e sem qualquer espírito de coletividade. 

Se o sujeito que fez isso, alguém que possivelmente se considera um “cidadão”, mesmo passando longe de ser, não tem nenhuma vergonha de transformar a frente da casa dos outros, ou espaços públicos, em depósito de lixo ou entulhos, eu tenho ojeriza de conviver com gente assim, desrespeitosa e sem qualquer espírito de coletividade. 

É que, independentemente de saber que não é de responsabilidade da prefeitura, mas sim do próprio morador o descarte do seu entulho - e para tanto existem empresas especializadas na execução do serviço - o autor dessa barbaridade mostra que não tem nenhum respeito com aqueles com quem divide a cidade. Não é uma questão de ter, ou não, capacidade financeira para bancar os serviços de uma coletora de entulhos, mas sim de não ter a mínima decência, sentimento de solidariedade ou respeito pelos demais moradores.

As perguntas que faço são as seguintes: se o entulho que foi produzido na minha propriedade não me faz bem, por que faria aos outros, que acordam se deparando com eles defronte de suas casas ou lojas comerciais? Se enquanto não tenho condições para contratar quem o recolha, e já que não quero que fique num espaço dentro da minha propriedade, o que me dá o direito de transformar praças e jardins neste espaço, neste depósito? Portanto, repito: não se trata de ter ou não dinheiro para descartar de forma adequada o entulho, mas sim de caráter.   

Para que todos entendam minha revolta: estas fotos foram batidas no final de semana, na Praça Centenário, a conhecida Praça do Chafariz, na cabeceira das pontes Nereu Ramos e Heriberto Hülse. Quanto às caixas de papelão deixadas ao lado dos contêineres, é normal, pois diariamente os catadores passam recolhendo. Já os restos de móveis, que não se sabe se de uma cozinha ou de um escritório, aí não. Isto é rastro de um prepotente, mal-educado, um intruso das áreas urbanas que talvez não merecesse nem morar em cavernas.

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