Penso ter sido bastante esclarecedora a entrevista que pude fazer na manhã desta segunda-feira com o presidente da Câmara Municipal de Tubarão, o vereador Felipe Tessmann (PL), nos estúdios da Rádio Cidade. Foi um bate papo que serviu, entre outras coisas, para detalhar sobre a futura sede do Parlamento Municipal, que deverá ser própria mas não necessariamente nova. Existe, sim, a possibilidade de se adquirir uma edificação já existente ou mesmo ocupar um espaço público do município, estado ou União através de uma cessão de uso, permuta ou doação.
A mudança de postura
Tessmann, que no início do ano foi honesto em afirmar que a sede própria não era uma prioridade da sua gestão à frente do Legislativo, teve que mudar de ideia a partir do momento que foi notificado pela Diamante Energia - atual proprietária da casa onde está instalada a Câmara - que não havia interesse em renovar o comodato do prédio a partir da próxima data de vencimento, que é dezembro de 2028. E mesmo que ainda tenhamos três anos e meio pela frente, ele resolveu então dar o start para se buscar a melhor solução. A mudança pode até demorar, mas a decisão do que vai ser feito tem que ser antecipada.
A obra emergente
“Poderíamos deixar o tempo passar e jogar a responsabilidade da decisão no colo dos próximos presidentes, mas não posso fazer isto. Independentemente da minha vontade, surgiu um novo quadro e o que fizermos, ou deixarmos de fazer agora, poderá acarretar consequências negativas em 2028”, ressalta Tessmann, destacando a questão dos prazos necessários para a obra: “Não decidimos ainda o que fazer, mas já sabemos que no meio de tudo também temos a possibilidade de edificar uma sede própria, aproveitando o projeto feito na gestão do vereador Nilton de Campos. Neste caso, é preciso começar o mais rápido possível e não deixar para o limite do prazo” destacou.
As garantias do prefeito Soratto
Se a opção for mesmo construir uma nova sede no terreno existente próximo ao Fórum, o orçamento para começar já existe, pois a LOA de 2025 prevê um fundo de reserva de mais ou menos R$ 3 milhões no duodécimo para este fim. A questão é saber se este recurso já está disponível para ser usado de imediato e se haverá disponibilidade de novos valores nos próximos dois anos. O Legislativo tem sua autonomia, mas é preciso lembrar que quem tem o dinheiro, quem paga a conta, é a municipalidade, e nas entrelinhas Tessmann sinalizou que não pretende causar nenhum transtorno ao início de gestão da dupla Soratto/Denis. Quanto a outros prédios já existentes, tanto para compra quanto para cessão de uso, existem vários. Qualquer dia destes falaremos sobre eles.