Não serei leviano citando nomes ou afirmando que tenho certeza do que penso, e muito menos usarei o surrado argumento de que “uma fonte me garantiu”, como alguns fazem para disfarçar e não assumir o que falam. Simplesmente não tenho certeza, e ponto. Quanto a isto preciso receber informações mais claras de parte dos grupos especiais e delegacias envolvidas nas duas operações: o Gaeco, em Capivari de Baixo, e a Decor, em Sangão. Todavia, ninguém me tira da cabeça que o aque aconteceu na manhã desta quinta-feira nestas duas cidades, se entendendo por ações paralelas em Florianópolis, Laguna, Imbituba e Tubarão, está relacionado ao mesmo tipo de irregularidade, com o mesmo modus operandi, e envolve, senão todos, mas alguns dos agentes cujas casas, escritórios e gabinetes foram visitados pelos policiais e promotores. O raciocínio é simples: se operou aqui, provavelmente também operou lá e, talvez, acolá. E se estou certo, vem muito mais coisa por aí. Porém, vamos agir com cautela e aguardar os desdobramentos.
A relação Brasil e EUA
A pergunta que vem logo após a vitória de Donald Trump nas eleições americanas é: como fica o futuro das relações bilaterais entre os Estados Unidos e o Brasil sob a presidência de Lula? E aqui cabe dizer que, sem qualquer dúvida, as relações econômicas estão entre as maiores preocupações. De qualquer forma, precisamos lembrar que a maior parceria comercial do continente hoje se dá justamente entre Brasil e EUA. Mas, historicamente, há um pragmatismo nessa relação, mesmo envolvendo governos de esquerda e de direita.
As dificuldades no primeiro mandato
Com um mercado agrícola mais competitivo que o americano, o Brasil sofreu dificuldades no primeiro mandato de Trump. Tudo por conta do protecionismo. Aliás, protecionismo foi a palavra-chave da campanha presidencial do norte-americano. Ela surgiu em vários momentos, como na promessa de aumento das barreiras comerciais contra a China, mote da campanha do republicano. Sanções que podem ter impacto aqui no Brasil, como avaliam alguns economistas. Este protecionismo já vem refletindo, inclusive, na moeda americana, que vem ganhando ainda mais força mundialmente.
Meio ambiente e agro
Portanto, se tem algumas áreas onde verdadeiramente deve haver impacto atingindo o Brasil em consequência dessa vitória da direita americana, são as do meio ambiente e o agronegócio. É que a postura do governo Trump em relação às questões ambientais (pelo menos foi assim no primeiro mandato) muitas vezes pendeu para incentivar o uso de combustíveis fósseis e não apoiar questões relacionadas ao clima. Já quanto ao agro, talvez a médio e longo prazo, tenhamos alguns problemas, uma vez que ele já prometeu oferecer incentivos para os produtores americanos, e, com isso, aumentar a concorrência.
