Uma manifestação na tribuna, feita pelo vereador Gledson Rodrigues (PSD) na sessão da semana passada da Câmara Municipal de Tubarão, foi reproduzida por um portal de informações da internet e está dando o que falar. A manifestação do vereador se referia a uma briga entre alunos numa escola da Rede Municipal de Ensino. Gledson, que também é professor, disse ser da opinião que o que está faltando é devolver aos pais e aos professores a responsabilidade de educar os estudantes. “Sou contra a violência, mas uma palmadinha ou um castigo, como nossos pais nos educaram, não é nada demais” disse o vereador.
A reação dos contras
É óbvio que a opinião de Gledson despertou a tropa de choque defensora da intervenção do Estado, contrária ao poder dos pais e mestres, que foi quem embalou a criação do famoso ECA – o Estatuto da Criança e do Adolescente –, mecanismo jurídico que estabelece as regras de ação dentro das famílias e escolas, em relação às crianças e adolescentes. ECA que muita gente entende ser o principal responsável pela criação desta “geração sem rumo” que vemos hoje por aí.
Ao lado do povão
Agora, quem pensa que Gledson está sendo “massacrado” pelo povão, se engana totalmente. Noventa por cento das pessoas que usam o chat da página para falar sobre o assunto apoiam o vereador. Muitos contando as histórias vividas com seus pais e o quanto elas foram importantes na sua formação. Outros, todavia, optando por aproveitar a oportunidade e relatar os problemas que encontram, nos dias atuais, na formação de seus filhos por não terem autonomia de agir na correção.
O recuo do ministro Fux
O advogado e professor de Direito Constitucional, que também é especialista e pesquisador de liberdade de expressão, André Marsiglia, me parece ter sido letal num comentário feito ontem na sua conta do X em relação à tomada de posição do ministro da Suprema Corte, Luiz Fux, que resolveu pedir vistas no processo que julga a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos por pintar uma frase com batom numa estátua que simboliza a Justiça defronte ao prédio do STF em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
Que se faça o teste
Eis o que disse Marsiglia: “Não vejo como recuo o pedido de vista do Fux, no caso da pichação. Vejo como uma estratégia para tirar o assunto da mídia e o votar depois, na sombra. Recuo seria - ou será - se, em razão da vista, revogassem uma prisão preventiva que já dura exatos e exagerados dois anos. A defesa deveria fazer o teste”. Vamos aguardar para ver se haverá alguma movimentação nesse sentido.