“Isto é uma falta de absolutamente! Porque não estamos em época de tão mais aquele e nem em circunstâncias de tão principalmente!”
Esta magnífica frase, proferida em um palanque eleitoral, na cidade de Cachoeira Vermelha, garantiu a eleição do Zé dos Anjos para a vereança da cidade.
Ninguém na plateia tinha cultura suficiente para ser capaz de perceber o “besteirol” da sentença.
“O que é o estudo! Como ele fala bem!” alguém comentou, após aplaudir por dois minutos.
De outra feita, Getúlio Vargas discursava no estádio do Vasco da Gama , quando, logo após dizer a sua clássica frase: “Trabalhadores do Brasil...”, um senhor já bem idoso começou a fazer gestos com a mão, unindo a ponta do dedo polegar com a do indicador, formando um círculo e mostrando para o estadista.
Dois policiais da famosa Polícia Especial de Getúlio (os quepes vermelhos, como eram conhecidos), mas à paisana, retiraram o senhor da plateia e, uma vez em recinto fechado, passaram-lhe um sermão: “O senhor não tem vergonha? Fazendo gestos obscenos para o nosso presidente!”.
“Não mesmo! Eu apenas estava tentando lembrar ao presidente, de quem sou um adepto incondicional, para não esquecer de falar em Volta Redonda”.
Para os leitores de menos idade, explicamos que a Usina Siderúrgica de Volta Redonda é obra de Getúlio, quando presidente.
Um candidato discursava em palanque e, lá pelas tantas, disse uma frase muito bonita.
“Olavo Bilac”, gritou uma pessoa, na plateia.
Pouco depois, o político saiu-se com mais uma sentença elaborada. “Rui Barbosa”, gritou o mesmo cidadão.
Lá pelo quarto aparte desse tipo, o orador perdeu as estribeiras e vociferou:
- Você aí. Porque não vai à PQP, seu FDP?
Impassível, o cidadão gritou:
- “Ah, isso agora é seu.”