Vários são os exemplos de amor dos humanos por animais irracionais, domésticos:
Dona Zizi era uma viúva septuagenária que morava em Salvador. Ela tinha dois papagaios: Tonico e Tinoco. Morando com um filho solteirão que pouco parava em casa, Zizi preparava suas refeições e as consumia na própria cozinha. E, por passar muito tempo nessa dependência do apartamento, tinha ali uma televisão e os seus dois queridos papagaios, a quem emprestava grandes desvelos. Quando ela se ausentava, deixava a TV da cozinha ligada para que Tonico e Tinoco se divertissem assistindo às novelas e às peripécias do Louro José, da Ana Maria Braga.
Também em Salvador, um certo doutor Paulo tem, em seu apartamento, uma cadela da raça pug, de nome Sophia (!), que é uma graça e muito comportada e que, por isso, goza de muitas mordomias. O único defeito que ela tinha era o seu mau hálito, problema que foi perfeitamente equacionado, pois Sophia adora chupar as milagrosas pastilhas halls...
Outro doutor Paulo, aqui em Tubarão, tem uma tendência a se relacionar com animais exóticos: Adquiriu um mico e soltou-o no seu apartamento. Enquanto o símio se contentava em escalar as cortinas e rasgá-las com as unhas, o bicho foi tolerado. Mas quando ele passou a urinar na fruteira para que ninguém comesse suas bananas, ganhou “cartão vermelho”.
Em substituição, Paulo adotou uma galinha, a quem chamava Ximbica!
Conhecemos também um cidadão que possui um poodle branco que vive como um verdadeiro lorde: mora em uma bela casinhas de cachorro que tem uma cama confortável e ventilador. Seus dotes raciais e aparência estão retratados em um caprichoso “book”. Ao levá-lo para a rua, para sua caminhada, responde a quem pergunta o nome do animal: “Ele é o Corisco... e acrescenta o seu próprio sobrenome!
